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OPINIÃO

RMP: Mohamed corre risco de passar o mesmo que os sucessores do Jorge Jesus

Do UOL, em São Paulo

26/05/2022 12h40

O Atlético-MG viu encerrada uma série de 18 jogos de invencibilidade — maior sequência da história da Libertadores — ao perder por 2 a 1 para o Tolima no Mineirão em partida válida pela última rodada da fase de grupos da competição continental, saindo do gramado sob vaias dos torcedores atleticanos.

No UOL News Esporte, Renato Maurício Prado vê a situação começando a ficar ruim para o técnico Turco Mohamed em relação às comparações com o antecessor Cuca e acredita que ele pode passar pelos mesmos problemas que os treinadores do Flamengo têm desde a saída de Jorge Jesus.

"O Turco Mohamed está começando a correr um sério risco parecido com o que todos os treinadores que sucederam o Jorge Jesus viveram, porque o torcedor do Atlético-MG quer o time com os resultados e o desempenho da época do Cuca", diz Renato.

"No início ele até começou a obter isso, mas agora a gente já pode notar um certo declínio do time do Atlético-MG. Ainda é uma equipe fortíssima? É. Ainda é candidato a todos os títulos? É. Mas já não mostra aquela segurança, aquela forma avassaladora de jogar da época do Cuca", completa.

O jornalista aponta como era considerável improvável a derrota do Galo em casa para o Tolima, que ele elogia principalmente no aspecto ofensivo, mas já vê um clima de comparação que pode ser muito ruim para o treinador argentino enquanto Cuca segue sem clube.

"Todo mundo levava como favas contadas a vitória sobre o Tolima, jogando em casa, e não conseguiu vencer. Aliás, esse time do Tolima é muito melhor do que os outros que estávamos acostumados a ver. Esse time do Tolima é dos melhores dos últimos anos deles, um time muito habilidoso, principalmente no ataque", diz Renato.

"A torcida já está começando a ficar bastante irritada com o Turco Mohamed porque é claro que lembra do Cuca. Então o 'Volta, Jesus!', que até hoje existe na Gávea, vai começar a ser replicado com o 'volta, Cuca!' lá em Belo Horizonte", conclui.