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Ceni minimiza pressão contra Corinthians e diz: 'não há vitória impossível'

Rogério Ceni, técnico do São Paulo, em jogo contra o Jorge Wilstermman pela Copa Sul-Americana - Marcello Zambrana/AGIF
Rogério Ceni, técnico do São Paulo, em jogo contra o Jorge Wilstermman pela Copa Sul-Americana Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

20/05/2022 00h47

O São Paulo venceu o Jorge Wilstermann por 3 a 0, ontem (19), pela Copa Sul-Americana, mas o assunto da entrevista coletiva de Rogério Ceni foi o clássico de domingo (22) diante do Corinthians, pelo Brasileirão. O duelo acontecerá na Neo Química Arena, palco em que a equipe tricolor jamais saiu com a vitória.

Questionado sobre a pressão de entrar em campo marcado por um tabu, Rogério Ceni minimizou. Para o treinador, o peso de um duelo contra o rival faz parte de ser um jogador de futebol.

"Aqui no Morumbi jogamos duas vezes contra eles e também existia pressão. Futebol, clássico, sem pressão, eu nunca joguei, eu nunca joguei, nunca vivi. A pressão é inerente ao jogo, ela faz parte. Torcida do adversário, casa cheia, provavelmente, uma briga especial que pode valer a liderança do campeonato. São jogos assim que dão prazer para a gente participar. Essa adrenalina entre vitória e derrota, sucesso e fracasso, entre gordo e magro, burro e inteligente, que faz a diferença do futebol. São os grandes jogos", disse.

Mesmo não se importando com a pressão, o treinador admitiu a importância de conseguir uma vitória na Neo Química Arena. O São Paulo tem sido questionado pelo desempenho fora de casa, principalmente nas partidas contra o Palmeiras, na final do Paulistão, e Flamengo, no início do Brasileirão.

"Acho que realmente jogamos melhor no Morumbi do que fora de casa. Os resultados mostram, mas mais do que os resultados, a maneira como nos comportamos. Não sei dizer exatamente o porquê, gostaria de entender, porque é o mesmo time que joga dentro e fora", iniciou.

"Agora, são raros os times do Brasileiro que têm uma campanha melhor fora de casa do que em casa. Corinthians ganhou todos os jogos na Arena nesse campeonato. Tem lugares que são difíceis de jogar, mas não existem vitórias impossíveis. Isso não existe. Lugares difíceis, hostis, existem, mas nenhuma vitória é impossível", prosseguiu o treinador.

A partida entre Corinthians e São Paulo acontecerá neste domingo (22), às 16h (de Brasília). O time tricolor chega para o duelo com dois dias a menos de descanso em relação ao rival, mas com a vantagem de ter atuado dentro de casa - os corintianos foram até Buenos Aires, na Argentina, enfrenta o Boca Juniors.

"São 48 horas de diferença de um jogo para outro, mesmo com uma viagem. Estamos falando de Buenos Aires, não é uma das viagens mais longas que temos na América do Sul. (...) De uma maneira geral, eles chegam super descansados, com cinco dias de intervalo. Isso é tudo que a gente deseja. (...) A gente não precisou viajar, está em casa, pode ser que use alguns dos jogadores que não jogaram no dia de hoje. Nesse sentido, não estou falando de equipe, mas no sentido de um jogo com dois dias a mais de antecedência e a gente não ter viagem, isso é bem equilibrado, se equilibra bastante", completou Ceni.

Confira outras declarações de Rogério Ceni na entrevista coletiva:

Mais sobre o clássico contra o Corinthians

Espero que a gente consiga chegar bem, ter um desempenho bom. O São Paulo na história, uma história curta, não conseguiu ainda vencer o Corinthians na Arena. É um time forte, que vem jogando cada dia melhor, mas também nos preparando.

Temos sexta e sábado para recuperar esse time, recuperar os jogadores que jogaram e os que ficaram fora para achar o melhor 11 para iniciar esse jogo contra o Corinthians.

Mas todos sabemos que clássico, a rivalidade, é um campeonato à parte. Não ter acontecido a vitória até hoje mostra que é difícil vencê-los na casa deles, então temos que estar focados, concentrados e encontrar a melhor estratégia para que a gente possa ter chance para que isso aconteça.

Escalação de Rafinha e Welington é um indicativo do time de domingo?

Ainda não defini com quem vamos jogar, mas achei que para o jogo de hoje era importante tê-los em campo. Saíram um pouco mais cedo. Pode ser que comece com os dois, Igor e Reinaldo, não sei, vamos estudar nos próximos dias.

Importante que deu ritmo, não foi um jogo muito puxado. Acho que não tem nenhum dos jogadores extenuado. Eu acho que todo mundo está ok para esse jogo de domingo. Até lá vamos com calma, acertando a maneira de jogar, o sistema de jogo e os melhores 11 que a gente imagina para o jogo de domingo.

Como analisou as atuações de Thiago Couto e Rodrigo Nestor?

Para o Couto foi uma partida mais tranquila. O Couto é um goleiro firme no dia a dia, pessoal gosta muito dele, vai ganhar experiencia com o tempo, quarta-feira vai jogar na sul-americana para tentar... Ele tem que ganhar mais esses 90 minutos contra o Ayacucho e depois tem que estar atento a todas as brechas.

A gente tem que levar em conta o nível do adversário, mas o Nestor é um ótimo jogador. Passou mal contra o Juventude, não conseguiu se recuperar, tentou voltar contra o Cuiabá, mas era arriscado.

Hoje ele estava bem, ia tirar no intervalo, plano era para ficar 45 minutos. Estava animado, quase fez o terceiro gol, pediu para jogar mais 10 minutinhos, plano era 60 minutos. Feliz pelo resultado, pela classificação e pela expectativa para o jogo que vale muito, que é o jogo de domingo.

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