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'Não podemos tolerar racismo', diz Nino, do Flu, após denúncia de Gabigol

Nino, zagueiro do Fluminense, em entrevista coletiva - Lucas Merçon / Fluminense
Nino, zagueiro do Fluminense, em entrevista coletiva Imagem: Lucas Merçon / Fluminense

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

09/02/2022 16h30

O zagueiro Nino, do Fluminense, concedeu entrevista coletiva na tarde de hoje (9), véspera do clássico com o Botafogo, pelo Campeonato Carioca. Dentre outros assuntos, o jogador não se furtou em responder ao questionamento sobre a denúncia de racismo contra o atacante Gabigol, do Flamengo, após o duelo do último domingo.

Depois do Fla x Flu, o camisa 9 rubro-negro divulgou vídeo em uma rede social em que aponta ter sido chamado de "macaco" ao sair do gramado do estádio Nilton Santos. Na noite de ontem (8), o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) aceitou pedido do clube das Laranjeiras e abriu inquérito para apurar o episódio.

"Em relação ao caso de racismo, é lamentável. As medidas precisam ser tomadas, e a gente fica feliz, neste ponto, por saber que o Fluminense está tomando essas medidas, mas não podemos tolerar casos de racismo, e a gente espera que não aconteçam mais nos estádio e em ambiente algum da nossa sociedade", disse Nino.

O camisa 33 também comentou sobre o início do trabalho do técnico Abel Braga nesta nova passagem como técnico da equipe tricolor. O treinador vem implementando um esquema com três zagueiros, e realizando alguns testes na equipe titular.

"Em relação a jogar com três zagueiros, formação que o Abel tem escolhido, como todo começo de trabalho, exige uma adaptação, e estamos nessa fase. Estamos fazendo de tudo para que essa adaptação aconteça da melhor maneira e o mais rapidamente. Confiamos muito nas ideias do professor e de que vai dar certo", apontou.

"Creio que a cobrança é normal, e quando estamos jogando no Fluminense, temos de estar acostumados às cobranças. Entendemos que precisamos evoluir, e é uma evolução constante. Mas entendemos também que tem pontos positivos nos jogos que temos feito. Essas três vitórias não foram à toa. Temos tentado manter o equilíbrio, sabemos que precisamos melhorar, mas não tem tantos pontos negativos, e podemos tirar coisas positivas. Confiamos muito no professor Abel, e sabemos que o time vai evoluir", ressaltou, em outro momento.

No próximo dia 22, o Flu encara o Millonarios, na Colômbia, no primeiro confronto por briga na terceira fase da Libertadores:

"Creio que vamos ter o tempo necessário para evoluir, para melhorar. Mais do que o treinamento, temos usado os jogos para isso. Em alguns períodos, só temos a oportunidade de evoluir jogando, ganhando ritmo de jogo, entrosando, tendo problemas durante os jogos para que as soluções surjam. Estamos muito tranquilos em relação a isso, usando o máximo de tempo e todos os jogos para que essa evolução seja constante e para que a gente chegue na pré-Libertadores bem, podendo fazer dois grandes jogos".

Nino também comentou a permanência na Laranjeiras, após a negociação frustrada com o Tigres, do México, no começo do ano. À época, o Tricolor, que tem 60% dos direitos, não chegou a um acordo com o Criciúma, que tem os 40% restantes, quanto a valores, e a tratativa não foi concretizada.

"Sobre minha quase ida ao México, e toda a negociação, acho que o presidente foi muito bem. Não vou acrescentar nada ao que ele falou. Ele falou a verdade. Inclusive, o que ele falou sobre a nossa conversa após a negociação, tiveram pessoas como testemunha. Falei com o presidente que continuaria muito feliz, estou muito feliz. Sempre deixei claro o meu orgulho e o prazer que é jogar no Fluminense", afirmou.

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