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Última derrota do Atlético-MG por 5 gols de diferença rebaixou Athletico-PR

Keno, atacante do Atlético-MG, parte para cima da marcação do Athletico-PR - PEDRO SOUZA / FLICKR ATLÉTICO
Keno, atacante do Atlético-MG, parte para cima da marcação do Athletico-PR Imagem: PEDRO SOUZA / FLICKR ATLÉTICO

Lohanna Lima e Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

13/12/2021 11h00

Somente uma goleada é capaz de tirar o título da Copa do Brasil do Atlético-MG. Com o 4 a 0 aplicado sobre o Athletico-PR, no Mineirão, o Galo pode perder por até três gols de diferença que ainda será o campeão da edição 2021 do torneio. Caso Furacão também consiga fazer 4 a 0 ou vença por quatro gols de diferença, a decisão será nos pênaltis. Mas para ficar com o título sem as penalidades o time paranaense precisará vencer por cinco ou mais gols de diferença. E não será nada fácil conseguir.

Além da qualidade do Atlético, que venceu o Campeonato Brasileiro com três rodadas de antecedência e saiu de campo derrotado somente nove vezes em 74 jogos na temporada, o Galo não sabe o que é perder por cinco gols de diferença há pouco mais de dez anos. A última vez não traz boas lembranças para os atleticanos, não só os mineiros, mas também os paranaenses.

Na última rodada do Brasileirão de 2011, Cruzeiro e Athletico-PR lutavam contra o rebaixamento. Naquela edição, clássicos estaduais foram marcados para a rodada derradeira. Portanto, a Raposa enfrentou o Atlético-MG e o Furacão pegou o Coritiba. O clube paranaense precisava vencer e torcia por um triunfo do xará mineiro, que na rodada anterior se livrou do risco de queda.

Roger comemora o primeiro gol do Cruzeiro diante do Atlético-MG na implacável goleada por 6 a 1 que manteve a equipe na elite - Douglas Magno/VIPCOMM - Douglas Magno/VIPCOMM
Roger comemora o primeiro gol do Cruzeiro diante do Atlético-MG na implacável goleada por 6 a 1 que manteve a equipe na elite
Imagem: Douglas Magno/VIPCOMM

Mas aconteceu o pior cenário para Atlético e Athletico. O Cruzeiro não só venceu e escapou do rebaixamento, como aplicou uma goleada histórica sobre o rival. Fez 6 a 1, em 4 de dezembro de 2011, uma data lembrada até hoje pelos cruzeirenses. O Furacão até venceu o Coritiba, por 1 a 0, mas não foi o bastante para evitar um novo rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.

Passados dez anos, o Athletico-PR precisa golear o Atlético-MG para ser campeão da Copa do Brasil pela segunda vez. É algo tão improvável, que o técnico Alberto Valentin já admitiu que dificilmente acontecerá. "Lógico que temos que ser realistas, que é muito difícil nós revertermos na Arena. Temos que tentar vencer sim, utilizar a força da nossa casa, para que a gente ganhe lá, sim, para fazer uma outra grande partida dentro da Arena", disse o treinador rubro-negro após a derrota no Mineirão.

Um 0 a 4 nos últimos dez anos

Até mesmo o resultado que o Athletico-PR precisa para levar a decisão para a disputa de pênaltis não é comum no histórico recente do Atlético. Desde a goleada sofrida para o Cruzeiro, em 2011, o Galo entrou em campo 684 vezes, contando torneios oficiais e amistosos, e somente uma vez perdeu por 4 a 0. Foi para o Santos, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão de 2015.

Nesses 684 jogos em uma década, o Atlético só levou quatro gols em dez oportunidades. Mas com exceção ao jogo do Santos, sempre marcou ao menos um gol. A última vez foi contra o Grêmio, no enceramento do Brasileiro de 2021, a derrota por 4 a 3, na Arena Grêmio. Apesar de um time tão forte, uma vantagem gigantesca e um histórico tão positivo, o técnico Cuca não trata a decisão da Copa do Brasil como resolvida.

"Hoje é uma situação muito favorável, mas não é definitiva. Então tem que tomar cuidado, ser humilde, pé no chão, porque na quarta-feira é uma Arena da Baixada cheia e um adversário que vai tentar de todas as formas reverter".