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OPINIÃO

Arnaldo: Santos é clube que ninguém odeia, isso ajuda contra o rebaixamento

Do UOL, em São Paulo

28/11/2021 04h00

O Santos venceu na última quinta-feira o Fortaleza e ficou em situação mais tranquila em relação à briga contra o rebaixamento no Brasileirão em mais um jogo no qual o clube teve um pênalti a seu favor, o que já havia ocorrido nas duas vitórias anteriores contra Chapecoense e Red Bull Bragantino.

No podcast Posse de Bola #181, Arnaldo Ribeiro cita a marcação de pênaltis a favor do time da Vila Belmiro e a pouca repercussão mesmo em marcações que considera discutíveis, pontuando que a baixa rejeição que o clube tem pelo fato de ser o Santos, que teve Pelé, é algo que pesa a favor no momento em que se está na luta contra o rebaixamento.

"É um pouco diferente quando Santos e São Paulo entram nessa situação, a pressão, o olhar é muito maior no São Paulo do que no Santos, isso é indiscutível. Isso já aconteceu com o São Paulo, que foi a polêmica da não expulsão do Reinaldo no Renato Kayzer. Ninguém fala que nos três jogos que o Santos venceu na Vila Belmiro, os últimos, o primeiro gol saiu de uma cobrança de penalidade, foram três jogos em que saíram em cobranças de penalidades, as do Marinho duvidosas, e saíram em cobranças de penalidades", afirma.

"Ninguém fala porque existe quase uma boa vontade, uma simpatia que é fruto da passagem maravilhosa do maior jogador de todos os tempos por um clube, o Santos é um clube que ninguém odeia e isso é uma virtude histórica conseguida, isso ajuda numa briga contra o rebaixamento, não por benefício de arbitragem, não é isso, mas por um clima mais leve", completa.

O jornalista afirma que na comparação com o São Paulo o Santos parecia ser o time que corria maior risco na luta para não cair, mas conseguiu se colocar em situação mais tranquila depois de períodos turbulentos, com trocas no comando técnico.

"Santos e São Paulo, ao lado do Flamengo, são aqueles que não caíram de divisão no Brasileiro e o Santos sempre pareceu mais ameaçado pela temporada, pela questão do elenco, pelas perdas, pela largada ruim, por aquele momento ainda sob o comando do Fernando Diniz em que o time se aproxima da zona de rebaixamento, aí o efeito Carille, que demorou a acontecer, mas que aconteceu aos poucos da forma mais tradicional", diz Arnaldo.

"O Santos conseguiu sair, tem mais três jogos para somar um ponto e acho que tem como ponto positivo também, aí a comparação com o São Paulo vale também, uma administração que, embora tenha se atrapalhado em questão de treinador, usou três treinadores, quatro treinadores na temporada, pelo menos está tentando ser mais transparente, mais jogo aberto, se preocupando com o futuro próximo do clube, para não correr de novo esse mesmo tipo de risco", conclui.

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