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Pressionado no Corinthians, Sylvinho não tem multa rescisória no contrato

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

20/10/2021 16h52

Pressionado pela torcida e também por membros do Conselho, o técnico Sylvinho vive um momento conturbado após a derrota no clássico Majestoso, na última segunda-feira (18). A diretoria de futebol do Corinthians garante a permanência do comandante no cargo, mas caso ceda aos pedidos externos tem a prerrogativa de não precisar pagar multa pela rescisão do contrato.

No documento firmado em maio deste ano, o clube e o treinador entenderam não ser necessária a inclusão de uma multa caso uma das partes decida romper o acordo antes de dezembro de 2022. Pelo lado do Corinthians pesou o delicado momento financeiro enfrentado pela atual diretoria. O fato de o treinador ser uma aposta no mercado da bola também foi levado em consideração.

Cria do terrão e identificado com o clube do Parque São Jorge, Sylvinho não dificultou a negociação e aceitou os termos propostos pelo Corinthians. O treinador está em seu segundo trabalho na carreira e, inclusive, não viu problemas em receber um salário mais baixo em relação ao que era pago a Vagner Mancini, seu antecessor no cargo.

Sylvinho foi contratado sob o regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Portanto, caso seja demitido terá direito aos valores proporcionais de férias e décimo terceiro salário, além de uma porcentagem paga pelo clube em cima dos valores recolhidos de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Nos últimos anos, o Corinthians teve problemas com multas rescisórias e precisou parcelar valores devidos a Fábio Carille e Tiago Nunes — ambos demitidos pelo presidente Andrés Sanchez após sucessivos resultados ruins no Campeonato Brasileiro. No contrato de Mancini, encerrado ao fim do Paulistão deste ano, não houve cláusula de multa.

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