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Presidente do Santos sobre situação de Soteldo: 'Ou paga, ou vende'

Para ficar com Soteldo, Santos terá que desembolsar R$ 27 milhões - Ivan Storti
Para ficar com Soteldo, Santos terá que desembolsar R$ 27 milhões Imagem: Ivan Storti

Do UOL, em São Paulo

14/04/2021 20h45

Andrés Rueda, presidente do Santos, esclareceu a atual situação de Soteldo no clube. Segundo o dirigente, o impasse com o Huachipato, do Chile, tem apenas duas saídas: abrir os caixas ou vender a parte que ainda possui.

"Tem dois caminhos, sendo bem sincero. Quando eu tenho que pagar 4 milhões de dólares (R$ 22,6 milhões), na verdade são 4,8 milhões (R$ 27,1 milhões), porque para toda remessa feita em dólar, existe uma carga tributária de 20%. O Clube nesse momento não dispõe dessa quantia. Estamos atrás, a gente não quer que o Soteldo vá embora. Ou paga, ou vende a parte do Santos. Não tem mais alternativas. A gente está buscando que seja a primeira. Gostamos muito do futebol do Soteldo e nossa pretensão é que ele fique um bom tempo no Santos", disse, em entrevista à TNT Sports.

Os problemas financeiros fizeram com que o Santos fosse proibido de contratar jogadores na temporada passada. Aos poucos, durante a nova gestão, Rueda quer aparar as arestas principalmente junto aos atletas, e tudo deve começar pelas renovações de contratos, visando a retenção dos meninos da Vila.

"Estamos mudando os processos de remuneração. Um erro clássico na relação clube x jogador é trazer, se tem nome, vai bem, acerta um salário altíssimo, faz um contrato de 4 ou 5 anos. O jogador, por uma questão normal, começa a não produzir nada, e o clube fica amarrado aos salários. É injusto, paga um jogador além do que está produzindo", avaliou.

"Não podemos trabalhar assim. A gente está colocando uma política de produtividade nas renovações. Tenho um salário base, e uma regra - se na temporada, conseguir 15 partidas no time principal, como titular, vai ter um prêmio de R$ 1,2 milhão. Se fizer 40 partidas, recebe uma premiação de R$ 1,8 milhão, como se aumentasse R$ 150 mil por mês. Se for titular absoluto, 75%, 80% das partidas, eu posso dar um prêmio de R$ 2,4 milhões. Seria a mesma coisa de um aumento de R$ 200 mil por mês. Ou seja: não importa se é da base. Se é precoce e já dá resultado para o time, vai sim ser bem remunerado", revelou.

Rueda classifica a nova política como a "salvação da relação clube jogador". "É bom para o jogador, se ele acreditar nos seus resultados, e é bom para o clube, que deixa de pagar altíssimos salários para quem não é produtivo".

Para poder voltar a contratar, o presidente enumerou questões que precisam ser resolvidas, como a dívida com o Barcelona e a gerada com a contratação de Cueva, junto ao Krasnodar, da Rússia, que está suspensa na Fifa. "Está batendo na porta para a gente ser punido", diz. "Se eu não resolver, provavelmente vão gerar punição. Isso é preocupante, mas repito: tem que resolver e é para isso que estamos trabalhando".

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