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Santos protesta contra arbitragem em momento de desarticulação com Conmebol

Andres Rueda, novo presidente do Santos, em reunião online no clube - Ivan Storti/ Santos FC
Andres Rueda, novo presidente do Santos, em reunião online no clube Imagem: Ivan Storti/ Santos FC

Gabriela Brino

Colaboração para UOL, em Santos

08/01/2021 04h00

Depois do empate sem gols com o Boca Juniors, na última quarta-feira (6), em Buenos Aires (ARG), pelas semifinais da Copa Libertadores, o Santos se sentiu injustiçado após o suposto pênalti não assinalado em Marinho. Mas esse nem é o pior dos problemas. Com novo presidente, o Peixe se vê desamparado pela Conmebol, com quem tem relacionamento extremamente restrito.

Uma das opções para essa ponte com a entidade máxima do futebol sul-americano seria a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Santos chegou a pedir ajuda por meio de um ofício, mas a relação entre CBF e Conmebol também está desgastada — o clube também recorreu à Federação Paulista de Futebol (FPF). Dessa forma, o protesto contra a arbitragem acontece em um momento de desarticulação.

Recém-eleito presidente, Andrés Rueda assumiu o Santos no final de dezembro. Assim, por tudo ainda ser muito recente, o novo mandatário ainda não planejou quem será o escolhido para criar abertura com a Conmebol e a própria CBF. José Renato Quaresma, membro do comitê de gestão, pode ser um candidato, já que foi designado para ser o "espelho" do departamento de futebol.

Tal dificuldade em um momento tão delicado foi criada por José Carlos Peres, presidente que esteve à frente do clube de 2018 a 2020. Conhecido por ser centralizador, o dirigente utilizava do cargo para criar a abertura com as entidades em vez de designar algum diretor para isso. Hoje, Rueda precisa construir do zero uma relação com as entidades que gerem o futebol.

O novo presidente até foi a público para cobrar medidas cabíveis pelo episódio do suposto pênalti em Marinho, mas para o jogo de semana que vem (13), por exemplo, o colombiano Wilmar Roldán foi escalado como árbitro principal, enquanto o chileno Julio Bascuñán como VAR.

Na partida em La Bombonera, Marinho sofreu carga na pequena área do zagueiro argentino Carlos Izquierdoz. Caiu, pediu a penalidade, mas não foi atendido. O VAR foi acionado, mas o árbitro chileno Roberto Tobar sequer foi chamado para verificar o vídeo. Prevaleceu sua marcação em campo. O áudio da conversa foi divulgado pela Conmebol ontem (7) e causou ainda mais confusão.

"Já chega! Está acontecendo com muitos clubes e solicitamos que isso não ocorra mais e, principalmente, os atos não fiquem impunes. Solicitamos que isso não ocorra mais. São dois clubes muito grandes, dois dos maiores times do mundo, e isso só atrapalha o espetáculo. Queremos que as tecnologias sejam bem utilizadas e que todos sejam tratados da mesma forma", disse Rueda.