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Maradona morreu na mesma data que Fidel Castro, seu 'segundo pai'

Imagem divulgada pelo governo cubano em 15 de abril de 2013 mostra encontro entre Fidel Castro e Maradona em Havana - Alex Castro/AP
Imagem divulgada pelo governo cubano em 15 de abril de 2013 mostra encontro entre Fidel Castro e Maradona em Havana Imagem: Alex Castro/AP

Do UOL, em São Paulo

25/11/2020 15h50

"A Fidel Castro e, por meio dele, a todo o povo cubano". A frase consta na dedicatória que abre a autobiografia de Diego Maradona, escrita pelo próprio ídolo argentino em 2001, e traduz estreita relação entre o craque e o líder político, entrelaçada até mesmo na morte: a data de partida dos dois é a mesma, 25 de novembro.

Maradona morreu hoje aos 60 anos de parada cardiorrespiratória. Há exatos quatro anos, lamentava a morte de Fidel Castro, por quem tinha idolatria: "Tive um choro terrível porque ele foi como meu segundo pai", disse o craque à ocasião.

A autobiografia dedicada a Castro foi escrita no período em que Maradona viveu em Cuba. O ex-jogador mudou-se para a ilha no início da década de 2000 para tratar sua dependência química.

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Maradona mostra tatuagem de Fidel Castro ao próprio Fidel
Imagem: Reuters

"Ele abriu as portas de Cuba para mim quando, na Argentina, as clínicas as fechavam porque não queriam a morte de Maradona", relatou o ex-jogador.

A dedicatória não foi a única homenagem feita por Maradona a Fidel: o argentino fez uma tatuagem do líder em sua panturrilha direita e uma de Che Guevara no braço direito. Foi após ter vivido em Cuba, entre 2001 e 2005, que Maradona se aproximou da esquerda argentina ao retornar ao país de origem.