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Representantes de Robinho: 'Conversas não foram corretamente traduzidas'

Robinho foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão por estupro coletivo, em Milão, na Itália - Divulgação/Santos FC
Robinho foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão por estupro coletivo, em Milão, na Itália Imagem: Divulgação/Santos FC

Do UOL, em São Paulo

16/10/2020 15h17

A empresária e advogada Marisa Alija Ramos e o advogado Luciano Santoro, representantes de Robinho, do Santos, afirmaram em nota que as transcrições de interceptações telefônicas feitas com autorização judicial "não foram corretamente traduzidas para o idioma italiano".

Nas conversas obtidas pela justiça italiana, o atacante do Santos revelou participação no ato que levou uma mulher albanesa de 23 anos a acusar o atleta e amigos por estupro coletivo, em Milão, na Itália. Com base principalmente nessas gravações, o brasileiro foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão pelo crime. Detalhes do processo foram revelados hoje (16) pelo site "Globoesporte.com". Marisa e Luciano não atuam no caso.

De acordo com o site, Robinho admitiu em juízo ter mantido relação sexual com a vítima, mas afirmou ter sido consensual. No entanto, em uma conversa com o amigo Ricardo Falco, também condenado pelo crime, o jogador demonstrou saber que a mulher estava bastante alcoolizada no momento do ato.

Os representantes de Robinho declararam que o jogador "reitera que não cometeu o crime do qual é acusado e que sempre que se relacionou sexualmente foi de maneira consentida".

"Taxativamente não houve violência sexual tampouco admissão de culpa nas interceptações telefônicas, o que fica claro quando analisadas na integralidade e no contexto correto", diz a nota de Marisa e Luciano.

"Por se tratar de processo sigiloso e ainda em curso, estamos impedidos de falar sobre o mérito das acusações. Entretanto, sobre a divulgação em si, deve ser esclarecido que há nos autos provas suficientes da inocência de Robinho - as quais infelizmente não foram divulgadas na matéria [do Globoesporte.com] - e outras que ainda serão apresentadas à Justiça italiana, que certamente levarão à sua absolvição. Há diversas conversas interceptadas que não foram corretamente traduzidas para o idioma italiano, o que levou ao equívoco de interpretação", acrescenta o comunicado.

Veja a íntegra do comunicado divulgado pelos representantes de Robinho:

Com relação à reportagem "As gravações do caso Robinho na justiça italiana", publicada hoje pelo GE, os advogados do jogador Robson de Souza esclarecem:

  1. O jogador reitera que não cometeu o crime do qual é acusado e que sempre que se relacionou sexualmente foi de maneira consentida;
  2. Taxativamente não houve violência sexual tampouco admissão de culpa nas interceptações telefônicas, o que fica claro quando analisadas na integralidade e no contexto correto;
  3. Por se tratar de processo sigiloso e ainda em curso, estamos impedidos de falar sobre o mérito das acusações. Entretanto, sobre a divulgação em si, deve ser esclarecido que há nos autos provas suficientes da inocência de Robinho - as quais infelizmente não foram divulgadas na matéria - e outras que ainda serão apresentadas à Justiça italiana, que certamente levarão à sua absolvição. Há diversas conversas interceptadas que não foram corretamente traduzidas para o idioma italiano, o que levou ao equívoco de interpretação.
  4. Confiamos plenamente na Justiça italiana, no sucesso do recurso defensivo e na reforma da decisão, conscientes de que a submissão do feito às instâncias superiores permite justamente evitar erros judiciários e condenações injustas.
  5. Por fim, Robinho agradece o apoio da torcida do Santos Futebol Clube e, como pai de família e atleta, faz questão de ressaltar que repudia todas as formas de violência.

Marisa Alija Ramos e Luciano Santoro

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