Topo

Santos

"Bem vence o mal": como foi a visita de 'desertor' Sampaoli à Vila Belmiro

Jorge Sampaoli gesticula durante a derrota do Atlético-MG para o Santos na Vila Belmiro - Fernanda Luz/AGIF
Jorge Sampaoli gesticula durante a derrota do Atlético-MG para o Santos na Vila Belmiro Imagem: Fernanda Luz/AGIF

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

10/09/2020 04h00

"O bem venceu o mal". Foi assim que o volante Jobson definiu, em publicação nas redes sociais, a vitória do Santos sobre o Atlético-MG por 3 a 1 na noite de ontem (9). Com saudade da praia e da vida na cidade de Santos, o 'desertor' Jorge Sampaoli não levará boas recordações em sua primeira ida à Vila Belmiro como adversário.

Na véspera da partida, o argentino foi recebido ainda no hotel pelos Meninos da Árvore, história revelada pelo UOL Esporte que se transformou em amizade do técnico com os garotos.

O carinho pelo treinador continuou até momentos antes de a bola rolar, com abraços dos jovens "sparrings" do técnico e de atletas que cresceram sob o comando dele, como Pituca, Marinho, Felipe Jonatan, Sánchez, Pará e Soteldo.

Quando o apito soou, no entanto, a história mudou de figura. Entrou em campo, por vezes literalmente, o agitado Jorge Sampaoli que não consegue parar em sua área técnica. A conduta mostrou as primeiras marcas da separação dolorida entre Santos e o treinador.

"Vai deixar ele sair da área técnica? Dá cartão pra ele", gritavam dirigentes do Santos das arquibancadas da Vila Belmiro. Ao fim do jogo, com a vitória garantida, vieram as provocações direcionadas ao ex-técnico.

Antes, ainda com a bola rolando, o clima esquentou na área técnica e provocou a expulsão do preparador físico Pablo Fernández, do Galo, e de Arzul, preparador de goleiros do Peixe. Ambos saíram discutindo bastante não somente um com o outro, mas com os demais no banco também, sendo que o argentino precisou ser contido por Cuca.

Jobson, o autor da frase citada no início do texto, foi um dos que mais comemorou o resultado. Ele era preterido por Sampaoli e demorou seis meses para fazer sua estreia após ser contratado como destaque do Paulistão. O volante atuou improvisado como zagueiro, falhou no gol do Atlético-MG, mas não deixou de cutucar o antigo comandante, com quem não conseguiu deslanchar.

Santos