Topo

Fla sofre sem torcida e vê marcas no Maracanã caírem após revés na estreia

Gabigol, do Flamengo, marcado por Guilherme Arana, do Atlético-MG - Alexandre Vidal/Flamengo
Gabigol, do Flamengo, marcado por Guilherme Arana, do Atlético-MG Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/08/2020 04h00

A derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, em jogo válido pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, evidenciou a falta que a "Nação" faz ao Flamengo e fez com que uma sequência de marcas expressivas no Maracanã fosse interrompida.

Antes do tropeço ante o Galo, a última derrota do Rubro-Negro no estádio carioca em um jogo pelo Brasileirão havia sido em 1º de dezembro de 2018, quando a equipe foi batida por 2 a 1 pelo Athletico-PR. Naquele dia, o time encerrava sua participação na competição.

Na edição seguinte, Gabigol, Bruno Henrique e companhia não perderam uma sequer em seus domínios, deixando pontos para trás apenas nos empates contra São Paulo (0 x 0) e Vasco (4 x 4).

Zerado contra os atleticanos, os rubro-negros não deixavam o Maracanã (pelo Brasileiro) sem marcar uma vez sequer justamente neste empate sem gols contra o Tricolor paulista, em 28 de setembro de 2019.

O recorte é um pouco menos favorável se levado em consideração o Carioca, visto que o Flamengo iniciou a disputa este ano com o sub-20. Logo no primeiro compromisso, 0 x 0 contra o Macaé. Já na 4ª rodada, derrota por 1 a 0 para o rival Fluminense.

Estatísticas à parte, o Fla tem sentido demais a falta do seu torcedor no estádio. Desde que a bola voltou a rolar, a equipe venceu Bangu e Boavista, mas não esteve à altura do que se espera nos três jogos contra o Flu, pelo Estadual, e também diante dos atleticanos.

Maracanã vazio para Flamengo x Atlético - Alexandre Vidal/Flamengo - Alexandre Vidal/Flamengo
Maracanã vazio para Flamengo x Atlético
Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

"Sem a torcida, o Flamengo não é a mesma coisa. Temos de ser realistas, mas não temos outra saída. O Flamengo está fazendo de tudo, mas é uma experiência muito difícil", admitiu o lateral direito Rafinha.

De fato, a direção tem feito de tudo para criar um "ambiente de jogo" em meio ao deserto do Maracanã com portões fechados. A pedido de alguns jogadores, o Fla colocou "som da torcida" no jogo que resultou no título do Carioca. Um dia antes do jogo, o setor leste foi inteiramente coberto por um mosaico. O expediente foi repetido no domingo, mas o grupo ainda tenta se adaptar.

"Jogar sem a torcida do Flamengo é muito difícil, mas isso não diminui o nosso nível de concentração", completou o camisa 13.

Após o resultado ruim da estreia, o Flamengo de Domènec Torrent faz os últimos ajustes para seu próximo compromisso. Amanhã (12), a equipe encara o Atlético-GO, 20h30, no estádio Olímpico, em Goiânia.