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Desfalcado, Flu quer 'quebrar tabus' em estreia contra Grêmio no Brasileiro

Odair Hellmann inicia Brasileirão pelo Fluminense já tentando quebrar tabus  - Mailson Santana/Fluminense FC
Odair Hellmann inicia Brasileirão pelo Fluminense já tentando quebrar tabus Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/08/2020 04h00

O Brasileirão do Fluminense já começará com uma pedreira pela frente: a estreia do Tricolor, hoje, será contra o Grêmio, na Arena, às 19h. E por lá, o desfalcado time de Odair Hellmann tenta quebrar alguns tabus para começar com o pé direito na competição.

A começar pelo próprio treinador, que nunca venceu o adversário em seus domínios. Acostumado com o clássico em seus tempos de Internacional, o comandante do Flu quer afastar a "sina" com a camisa tricolor. Isso contra o mesmo Renato Gaúcho, desde 2016 no lado azul de Porto Alegre e ídolo das duas equipes que se enfrentam nesta noite.

"É um jogo muito difícil. A gente sabe do potencial do Grêmio, a qualidade deles. Ontem fizeram um jogo muito bom. O jogo fora de casa é relativo sem torcida, o clima fica igual para as duas equipes. Sabemos que nesse tipo de jogo, sem torcida, sem público, a concentração tem que estar ainda maior", opinou o zagueiro Nino, em coletiva transmitida ao vivo pela FluTV.

O Fluminense também não costuma levar muita sorte estreando fora de casa no Campeonato Brasileiro. Nas 24 vezes em que iniciou o Nacional como visitante, o Tricolor venceu apenas seis vezes.

A última delas em 2016, quando bateu o América-MG, por 1 a 0, no Independência, com gol de Fred, que está de volta ao clube, mas iniciará o jogo contra o Grêmio no banco de reservas. O adversário da noite, inclusive, já venceu o Flu em uma estreia de Brasileirão, em 1993, ainda no Olímpico, por 3 a 2.

A partida marcava o retorno do Imortal à Série A após passagem pela segunda divisão, e iniciou um período de muitos títulos para o time de Porto Alegre, que sob o comando do mesmo Luis Felipe Scolari, faturou em sequência a Copa do Brasil de 1994, a Libertadores de 1995 e o Brasileiro e a Recopa Sul-Americana em 1996.

Para a partida, o Fluminense de Odair Hellmann terá muitos desfalques. Os zagueiros Digão, Matheus Ferraz e Frazan e o volante Hudson estão no departamento médico, e os laterais Gilberto e Marlon estão fechando últimos detalhes das negociações com Benfica (POR) e Trabzonspor (TUR) para deixar o clube.

No banco, entretanto, o técnico tricolor terá os retornos de Fred, recuperado de uma cirurgia no olho esquerdo, e do meia Ganso, que sofreu um edema na coxa esquerda. Os dois experientes jogadores serão opções para o time que deve começar com Muriel, Igor Julião, Nino, Luccas Claro e Egídio; Yuri, Dodi e Yago; Nenê, Marcos Paulo e Evanílson.

Dos 11 iniciais, apenas o zagueiro Nino estava na épica virada do ano passado, quando o Flu bateu o Grêmio por 5 a 4 fora de casa. O jovem de 23 anos lembra bem da situação. Na terceira rodada, a equipe já estava sob pressão no Brasileirão de 2019.

"Vínhamos de duas derrotas no Brasileiro. Perdemos para Goiás e Santos, tinha muita pressão. Em 30 minutos perdíamos de 3 a 0. Nós acreditamos, continuamos com nosso modelo de jogo, sem loucuras. Eu saí, percebendo que temos capacidade e força interna para, independente das circunstâncias. Foi um jogo muito mais de coração e espírito do Fluminense, o time de guerreiros, que qualquer outra coisa. Mostra que quando a gente quer, podemos sair com a vitória contra quem e onde quer que seja", lembra.

Com menos pressão mas querendo viver um Brasileiro bem melhor que nos últimos anos, o Fluminense precisará vencer jogos difíceis como o da estreia. A ideia do elenco, segundo Nino, é tratar todos os jogos como decisões.

"A única forma de brigar por coisas grandes é encarar todo jogo como uma final. A primeira é nesse fim de semana. Temos que encarar sempre como o último e mais decisivo para termos um resultado bom que é o que temos tentado fazer", declarou.

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