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Neymar cumpre missão de não lesionar e terá 1ª finais de Champions pelo PSG

Neymar disputa bola com Marcelo Guedes durante a final da Copa da Liga Francesa entre PSG e Lyon - Ricardo Nogueira/Eurasia Sport Images/Getty Images
Neymar disputa bola com Marcelo Guedes durante a final da Copa da Liga Francesa entre PSG e Lyon Imagem: Ricardo Nogueira/Eurasia Sport Images/Getty Images

João Henrique Marques

Colaboração para o UOL, em Paris (França)

01/08/2020 04h00

Neymar entrou em campo ontem (31) contra o Lyon, no Stade de France, em Saint-Denis, para ser campeão da Copa da Liga Francesa e escapar de lesões para a disputa do momento mais importante de sua passagem pelo clube. Com o plano feito por Thomas Tuchel para preservar o brasileiro, sem abusar do mano a mano e contando com auxílio até dos adversários, o camisa 10 do PSG saiu de campo coroado com o título e ainda mais sorridente por estar apenas com dores musculares ocasionadas pelos 120 minutos de partida. O time de Paris ganhou o confronto nos pênaltis por 6 a 5 após o empate por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação.

Em campo, o PSG era um time abalado pela lesão no tornozelo sofrida por Kylian Mbappé. Tão importante quanto o título, o objetivo era não perder mais jogadores para a Liga dos Campeões - ainda mais Neymar -. Um fenômeno de onda de calor que levou a temperatura para 35 graus na França na hora da partida deixou a ameaça ainda maior.

Neymar tem o trauma de não atuar nos jogos decisivos do PSG na Liga dos Campeões nas duas primeiras temporadas pelo clube. Em 2018, ficou de fora do jogo de volta das oitavas de final contra o Real Madrid. Na edição passada, foi ausência dos confrontos diante do Manchester United, também pelas oitavas. Em ambos o cenário, o PSG acabou eliminado.

O problema para Neymar nos dois anos foi o mesmo: lesão no pé direito. Contra o Lyon, a decisão foi a de enfaixar o local. Foi tanto material usado para proteção que o camisa 10 chegou a tirar parte da faixa durante o jogo.

No esquema do PSG em campo, Tuchel deixou Neymar mais perto do gol, sem o colocar em zonas de combate com os marcadores. A posição de falso 9 chegou a ser usada no segundo tempo. Defensivamente, o brasileiro não tinha nenhuma responsabilidade em marcação, sempre andando na primeira linha de ataque.

"Estou feliz com o Neymar. Esse foi um jogo muito complicado para ele. Ele é o nosso jogador-chave", admitiu Tuchel, após a conquista.
Antes do jogo, a revista France Football brincou em uma charge com a preparação do PSG para a decisão contra o Lyon. A imagem era a de Tuchel colocando uma armadura em Neymar. "Sem Mbappé, PSG se arma para enfrentar o Lyon" era o título.

Na busca para evitar lesões, Neymar contou com a ajuda do amigo holandês Memphis Depay, atacante do Lyon. Foi ele que recriminou o companheiro de equipe, o francês Craquet, logo após ter realizado dura entrada no brasileiro — ele foi punido com amarelo. Não à toa, logo após a final, Neymar postou foto abraçado a Depay com uma mensagem de agradecimento.

O fato do Lyon também seguir na Liga dos Campeões ajudou para que a partida tivesse uma pegada mais leve, bem diferente da final da Copa da França vencida pelo PSG por 1 a 0 diante do Saint-Etienne, na semana passada — jogo também ficou marcado pela lesão de Mbappé.

Na Liga dos Campeões, o PSG encara a Atalanta, no dia 12, pelas quartas de final. Já o Lyon tem confronto de volta das oitavas contra a Juventus, em Turim, na próxima sexta-feira (7). A partida de ida foi vencida pelo time francês por 1 a 0.

Thiago Silva e Marquinhos sofreram com desgaste

Exaustos, os zagueiros brasileiros Thiago Silva e Marquinhos não concluíram a final contra o Lyon. O primeiro deixou o time no fim do tempo normal para entrada de Paredes. Já Marquinhos saiu no fim da prorrogação para a entrada de Diallo.

"Eu acho que são apenas câimbras. Faremos testes, mas eles não relataram problemas de lesões. Estou feliz com a superação dos meus jogadores", comemorou Tuchel.