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"Façanha eterna": federação uruguaia relembra 70 anos do Maracanazo

Com o goleiro Barbosa no chão, brasileiros observam o segundo gol uruguaio, marcado por Alcides Ghiggia - Reprodução
Com o goleiro Barbosa no chão, brasileiros observam o segundo gol uruguaio, marcado por Alcides Ghiggia Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

16/07/2020 11h58

A final da Copa do Mundo de 1950, eternizada como "Maracanazo" pela derrota do Brasil diante do Uruguai no Maracanã, completa 70 anos hoje.

O feito do dia 16 de julho de 1950 é considerado uma das maiores glórias do futebol uruguaio e foi relembrado pela federação de futebol local, que considerou o jogo como "façanha eterna".

Em uma nota publicada em seu site oficial e assinada pelo jornalista Pablo Aguirre Varrailhon, a federação revelou a estratégia adotada pelos uruguaios para não perderem a concentração diante de quase 200 mil brasileiros que estavam no estádio.

"Os jogadores, liderados por Obdulio Varela, procuraram uma maneira de superar a pressão: chegaram cedo para passar despercebidos, entraram em campo junto com o time rival para não sentir a vaia e não tinham medo de elaborar o jogo", escreveu Aguirre.

O Brasil começou a final ganhando e, quando muitos já davam como certo o título do país, o Uruguai empatou na metade do segundo tempo com Juan Schiaffino. "O estádio tinha uma atmosfera mista de murmúrio e silêncio, que acabou tornando o rival seu próprio inimigo", classificou o autor neste período do jogo.

Já depois dos 30 minutos da etapa final, o gol de Ghiggia, segundo a federação uruguaia, fez com "que o mundo se surpreendesse com os 11 leões celestes".

"Não haveria discurso ou festa no Maracanã. A glória foi celebrada mais uma vez junto com o fervor do povo uruguaio", encerra o texto.