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Endividado, clube lança 'vaquinha' e acusa patrocinadora de não pagamento

Iranduba lança financiamento coletivo para pagar dívidas - MICHAEL DANTAS/ALLSPORTS
Iranduba lança financiamento coletivo para pagar dívidas Imagem: MICHAEL DANTAS/ALLSPORTS

Pedro Lobo

Do UOL, em São Paulo

12/06/2020 18h54

Entre dívidas com ex-atletas do clube, salários atrasados de comissão técnica e jogadoras, além de outras despesas, o Iranduba, time de futebol feminino do Amazonas, tenta um financiamento coletivo para tentar se reestruturar.

Questionado pelo UOL, o diretor executivo do clube, Lauro Tentardini, acusa a empresa VeganNation de não pagar valores devidos de patrocínio, o que teria gerado a crise financeira atual. A "vaquinha online" foi ideia dele, que afirma que após duas datas de pagamento não cumpridas, decidiu tomar suas próprias medidas.

Segundo Lauro, o pagamento inicialmente seria feito através de uma criptomoeda chamada "Vegan Coin" até maio de 2019. No entanto, o representante da VeganNation no Brasil na época, Roberto Rosemberg, teria dito que a empresa passou "datas irrealistas" para o Iranduba e que a moeda só poderia ser trocada por dinheiro a partir de 2020.

A partir daí, nas palavras de Lauro, um aditivo de contrato foi assinado para que o pagamento fosse feito até 30 de março de 2020, o que também não se concretizou. A justificativa seria a pandemia de coronavírus, que impossibilitaria a ida à China para trocar a criptomoeda. O diretor afirma que, desde então, o presidente da patrocinadora, Isaac Thomas, não responde mais suas tentativas de contato.

Por fim, o diretor pediu a ajuda de todos aqueles que lutam pelo futebol feminino, citando que o clube, octacampeão amazonense e terceiro colocado na Libertadores da América 2018, não tem desleixo com a modalidade, mas foi vítima nessa situação.

Em postagem publicada hoje no Twitter, a VeganNation afirmou que sente muito pela situação financeira do clube, mas que já cumpriu com todas as obrigações do contrato em 2019, com confirmação por escrito do Iranduba.

O UOL contatou Roberto Rosemberg, mas não obteve resposta até o momento de publicação dessa matéria.