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Marra se emociona ao defender combate ao racismo e elogia Everton Ribeiro

Mário Marra durante o "ESPN Bom Dia" - Reprodução/ESPN Brasil
Mário Marra durante o "ESPN Bom Dia" Imagem: Reprodução/ESPN Brasil

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/06/2020 13h04

Comentarista dos canais ESPN, Mário Marra não segurou a emoção ao defender o combate ao racismo. Presente no Sportscenter de hoje, o jornalista aproveitou uma postagem de Everton Ribeiro, do Flamengo, para cobrar humanidade e reflexão.

Em suas redes sociais, o rubro-negro falou sobre o racismo estrutural no Brasil e se mostrou disposto a usar sua visibilidade para "dar voz a pessoas negras que lutam por um país com mais igualdade".

"O Everton Ribeiro foi muito bem. Aqui na tela da ESPN tem três brancos. A gente não tem ideia, realmente, do que acontece com a outra pessoa. A gente tem que tentar entender, e a gente tenta entender. Aqui tem dois homens. A gente não sabe o que as mulheres passam, a gente tenta entender. O mundo que a gente vive, especialmente no Brasil, muito mais de confronto e muito menos de argumentação, exposição de ideias, de reflexão sobre as ideias dos outros, a gente é levado a viver como uma dinamite, pronta para explodir. A gente deveria ouvir o que está do lado. A gente deveria entender a dor do outro. Somos humanos do mesmo jeito. Muitas vezes a gente despreza esta condição", disse Marra.

"As pessoas estão gritando de dor. As pessoas estão morrendo, apanhando, sendo presas injustamente. Não fizeram nada por aquilo. É muito legal quando o Everton Ribeiro se posiciona. Se a gente é fã do futebol dele, fico muito feliz e agradecido por ver uma pessoa como ele se manifestando. Vários clubes do Brasil fizeram isso também, e esses clubes, muitos são grandes, ficaram maiores ainda. Isso tem que ser feito. Empatia. Tente entrar na vida do outro e pare para refletir se a sua atitude é a melhor. Ufa, consegui falar. A lágrima está aqui pertinho, mas ela não caiu", completou.

Diversos atletas e clubes vêm postando mensagens contra o racismo e a violência policial depois dos assassinatos de João Pedro, adolescente de 14 anos baleado em casa e morto durante uma operação policial no Rio de Janeiro, e George Floyd, que morreu asfixiado por um policial nos Estados Unidos, na semana passada.