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Pierre, sobre final de 2014: "Provocação de Goulart mexeu com Atlético-MG"

Jogadores do Atlético-MG celebraram a Copa do Brasil 2014 - EFE/Paulo Fonseca
Jogadores do Atlético-MG celebraram a Copa do Brasil 2014 Imagem: EFE/Paulo Fonseca

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

31/05/2020 04h00

Atlético-MG e Cruzeiro foram finalistas da Copa do Brasil 2014. A decisão, vencida pelo Galo naquele ano, será transmitida hoje (31), às 16h (de Brasília), pela TV Globo Minas. Para recordar a finalíssima, o UOL Esporte entrevistou Pierre, ex-jogador do time campeão. Ele lembra detalhes que envolveram a vitória por 1 a 0 e diz que a provocação de Ricardo Goulart no fim de semana anterior mexeu com o vestiário alvinegro.

No domingo que precedeu a finalíssima da Copa do Brasil, o meia-atacante cruzeirense celebrou o bicampeonato brasileiro após o jogo contra o Goiás no Mineirão e alfinetou o rival, dizendo que na quarta-feira seguinte haveria mais celebração de título por parte do time comandado por Marcelo Oliveira. A provocação ocorreu mesmo após a derrota cruzeirense por 2 a 0 no jogo de ida.

A atitude de Ricardo Goulart incomodou os jogadores do Galo. Pierre, que entrou na vaga de Rafael Carioca durante o segundo tempo da partida decisiva, se lembrou do jogo e principalmente da declaração do antigo adversário.

"O que ficou mais marcado foi a provocação do [Ricardo] Goulart, que bateu a bandeira no chão e falou que quarta-feira tinha mais. De alguma maneira, mexeu com todos os atletas. A rivalidade já existia, já acontecia. A gente vinha de um bom momento e sabia do bom resultado por ter vencido o primeiro jogo por dois a zero. Quando houve a conquista, houve um momento de euforia, de conquista inédita. Mas, sem dúvida, coroou a melhor equipe do campeonato", disse ao UOL Esporte.

"É claro, com certeza, mexe [com o elenco] de alguma maneira. Quando você vê um adversário falando que vai ganhar depois de perder por dois a zero, mexe demais, dá um sinal de alerta. A gente já tinha um resultado positivo e sabia da capacidade, levamos o jogo para o Mineirão e conseguimos uma vitória importante. Não levamos o assunto para o vestiário, mas foi comentado nos treinamentos, um pouco antes da partida. Não tinha como comentar uma declaração daquela", completou.

Grandes adversários em Minas Gerais, os clubes viveram um momento de rivalidade ainda mais acentuada naquele período para Pierre.

"Se a gente parar para analisar, eram duas equipes que viviam momentos maravilhosos. O Atlético vindo de conquistas de Libertadores e Recopa Sul-Americana. O Cruzeiro vindo do bicampeonato brasileiro seguido. Criou-se uma rivalidade pelo fato de as duas equipes estarem ganhando bastante coisa", afirmou.

"Tinha muita rivalidade, a maioria dos jogos eram pegados. Mas a história de Atlético e Cruzeiro diz por si só. Pelo fato de as equipes estarem vivendo momentos maravilhosos, aumentava ainda mais. Tanto que, no final do jogo, teve a discussão do Donizete com o Dagoberto. Mas era algo dentro da normalidade. Quando a gente ganhou do Cruzeiro, o Tardelli e o Marcos Rocha fizeram o 9 a 2 em frente da torcida. Isso tudo serve como arma para o adversário", acrescentou.

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