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Presidente do Atlético-MG diz ter quitado empréstimo para pagar Maicosuel

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, diz que pagou empréstimo contraído com conselheiros - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, diz que pagou empréstimo contraído com conselheiros Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

21/05/2020 09h58

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, diz ter quitado o empréstimo feito com Rubens Menin e Ricardo Guimarães para pagar a dívida de R$ 13,4 milhões pela compra de Maicosuel, ocorrida em 2014. O dirigente alega que o valor foi entregue dias depois aos credores.

"Foi na base da camaradagem. Não dei garantia nenhuma (a ele). O camarada foi, colocou o dinheiro aqui dentro, nós conseguimos pagar o Maicosuel. Eu tinha outro dinheiro pra receber, um, dois dias depois, paguei o Rubens de volta. Esse dinheiro nós não devemos mais", disse em entrevista veiculada pela TV Galo.

O dirigente conta ainda mais alguns detalhes da operação feita com os patrocinadores e conselheiros do clube. Ele diz que usou parte do dinheiro da venda de Chará ao Portland Timbers, dos Estados Unidos, para pagar uma fatia da dívida. O restante foi quitado pelos credores.

"A gente tinha o dinheiro para pagar a dívida do Maicosuel. Era uma parcela restante [da venda] do Chará. Acontece que o valor que a gente tinha, vou colocar em dólar, era mais ou menos 1,8 milhão, algo assim. Dava R$ 10 milhões, mais ou menos. Aí o Brasil, um país ímpar, além do problema de saúde e da economia, ainda veio o terceiro problema, que foi político. O dia do pagamento do Maicosuel foi exatamente o dia que o Moro saiu do governo. Aí vocês já viram como funciona o câmbio. (...) O Euro foi a R$ 6,12 naquele dia. E aí tivemos uma diferença de quase R$ 4 milhões, R$ 3 milhões e tanto [no valor da dívida]", disse o dirigente.

"Quem complementou esse dinheiro, efetivamente, foram Rubens Menin e o Ricardo [Guimarães]. Então, não vou chamar isso de caridade. Eu acho que o camarada, por mais milionário que seja, não tem obrigação de botar a mão no bolso e colocar dinheiro aqui. A não ser que seja pela paixão. E foi por isso que eles fizeram isso. Ouço isso de outros presidentes [de clubes]: "Você tem aí o Rubens e o Ricardo". Eu falo: "Eles não ficam doando dinheiro pra gente, não", mas eles têm certeza que eu trabalho pra viabilizar o pagamento, nunca pensando que a qualquer hora eu vou pedir o dinheiro, e eles vão dar. Não, não é assim. São sempre operações. Um mútuo, um patrocínio", acrescentou.

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