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Forma física dos atletas preocupa Cruzeiro, mesmo com treinamentos em casa

Volta aos treinos no CT não está liberada, e jogadores estão realizando atividades em casa - Bruno Haddad/Cruzeiro
Volta aos treinos no CT não está liberada, e jogadores estão realizando atividades em casa Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

06/05/2020 04h00

Desde a última segunda-feira (4), os jogadores do Cruzeiro saíram de suas férias forçadas e retornaram às atividades. A partir de agora, eles serão orientados pelo preparador físico Edy Carlos e farão atividades de recondicionamento físico, cada um em sua casa. Embora este seja um ensaio para um eventual retorno aos treinos no futuro, comissão técnica e membros do departamento médico acreditam que os jogadores voltarão até piores fisicamente se comparados com as reapresentações no início do ano.

Normalmente, as férias dos jogadores duram um mês entre dezembro e janeiro. Agora, o plantel do Cruzeiro já está parado há quase 50 dias — o último dia de treino foi em 17 de março. Mas o tempo sem treinamentos não é a única diferença entre a atual paralisação daquela realizada no final de cada temporada.

Desta vez, não são todos atletas que possuem condições de fazer trabalhos físicos dentro de casa ou utilizar as academias, já que até os espaços nos condomínios também estão fechados para evitar a proliferação do coronavírus. Mesmo com o auxílio de personal trainers, há uma preocupação com a perda da forma física dos jogadores.

"A gente encontrou muita dificuldade para os atletas executarem atividades que normalmente executam quando estão parados. Montamos uma cartilha com algumas sugestões de treino, mas a gente sabe que está se encontrando muita dificuldade, de espaço, de sair de casa", comentou Edy Carlos, em entrevista à Rádio Itatiaia.

O Cruzeiro continuará aplicando essas atividades em regime de home office até receber o aval dos órgãos de saúde e a liberação da Prefeitura de Belo Horizonte para voltar aos treinos na Toca da Raposa. Mas o clube já se preocupa com outra questão antes mesmo disso acontecer: o tempo necessário para colocar os atletas em condições ideais de jogo. Embora não haja uma regra, médicos e preparadores físicos trabalham com a ideia de ter pelo menos três semanas de treinos antes de voltar aos jogos oficiais.

Na semana passada, membros da Federação Mineira de Futebol e do governo de Minas Gerais se reuniram para conversar sobre o cenário atual no futebol mineiro. Adriano Aro, presidente da FMF, descartou um retorno do Estadual em maio e prevê a volta do futebol no Estado pelo menos a partir de junho.

"O que foi dito, na minha reunião com o governador do estado, foi que em Minas Gerais ainda não chegamos ao pico da doença, e isso está previsto para o início de junho. Então, é extremamente temerário pensar na volta do futebol antes de vivenciar o pico da epidemia. O que nós estamos trabalhando, com uma perspectiva muito otimista, é que seja no final de junho para frente", disse.

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