Mauro: "Ronaldo não foi tão campeão como poderia pelo futebol que jogou"

Eleito o melhor jogador do mundo três vezes — 1996, 1997 e 2002 —, campeão mundial pela seleção brasileira em 1994 e 2002, vice em 1998, além de reconhecido ídolo do futebol, Ronaldo atuou por PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan no futebol europeu, mas não conseguiu vencer a principal competição de clubes do continente.

No podcast Posse de Bola #30, Mauro Cezar Pereira analisa a carreira do Fenômeno e afirma que o jogador não foi tão vencedor pelo futebol que jogou, citando como exemplo a falta de uma Liga dos Campeões, mesmo tendo atuado em momentos importantes dos clubes que defendeu.

"Ele não foi tão campeão como poderia ser pelo futebol que jogou. Tem poucos títulos em relação ao que poderia ter pela bola que jogou. Eu estou só constatando, você pega os números dele e vê. Não ganhou uma Champions League, jogou em todos esses times e não ganhou, e jogou em fases vitoriosas desses times aí, em times fortes", afirma Mauro Cezar (disponível no vídeo acima a partir de 34:55).

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"Não ganhou não só pelas lesões, mas porque também trocava demais. E tem na carreira algo que é pouco falado, que é a maneira como ele saiu da Inter para jogar no Real Madrid. Se ele aparecer lá em Milão, o pessoal da Inter não gosta muito dele, não. Para dizer o mínimo. Ele custou a se recuperar na época", completa o jornalista.

Mauro lembra que depois de um longo período afastado do futebol devido a lesões sérias e que colocaram em risco a sua carreira, o jogador trocou a Inter de Milão pelo Real Madrid e cita falta de gratidão por parte de Ronaldo.

"Ele se machucava, os caras esperavam ele se recuperar. Não era só a Inter, a Itália meio que abraçava o Ronaldo e sofria com ele, e aí ele se recupera, volta a jogar, se machuca outra vez, outra comoção. Aí quando ele estava bom e ganhou Copa do Mundo, ele foi para Real Madrid, se mandou. Para mim, foi a pior decisão que ele teve na carreira, porque não houve gratidão e não ter gratidão por quem te ajuda, quem te dá a mão no pior momento é algo muito deplorável", finaliza.

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