Justiça paraguaia pede captura de suposta envolvida no caso Ronaldinho

A empresária paraguaia Dalia López, uma das figuras mais importantes nas investigações sobre os documentos falsos usados por Ronaldinho Gaúcho e Assis para entrar no país, foi declarada "rebelde" e teve sua ordem de captura expedida pela Justiça do Paraguai. A defesa dela afirmou à reportagem que irá apelar contra a decisão.

Dalia não compareceu a uma audiência de imposição de medidas marcada para a manhã desta quarta. Na ocasião, ela seria informada oficialmente de todas as acusações contra ela em processo aberto a pedido do Ministério Público. Também conheceria as medidas tomadas pela Justiça. Uma hipótese era a decretação da prisão preventiva.

Os advogados afirmaram que ela não compareceu por ter diabetes e hipertensão, problemas que a colocam em grupo de risco em relação ao novo coronavírus. Seus defensores afirmaram que ela se apresentaria depois de superada a pandemia.

A juíza Lichi Sánchez, no entanto, alegou que o Palácio da Justiça atende a todas as normas sanitárias estipuladas pelo governo para combater o vírus. Assim, seria seguro para Dália se apresentar lá.,

A magistrada também lembrou que a empresária não declarou seu endereço para as autoridades. Dessa forma, ela não poderia ser ouvida em sua casa, por exemplo. Isso também pesou para a declaração de rebeldia que é decretada no Paraguai quando alguém não se apresenta para prestar declarações à Justiça.

Dalia já havia sido processada por produção e uso de documentos paraguaios públicos com conteúdo falso e associação. O MP também havia conseguido uma ordem de prisão contra ela.

Ronaldinho, preso preventivamente em Assunção com seu irmão Assis por porte e uso de documentos paraguaios falsos, faria ações para a ONG coordenada pela empresária.

O Ministério Público desconfia que ela esteja envolvida com lavagem de dinheiro e quer apurar se os irmãos tem alguma outra ligação com a paraguaia.