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Flu joga mal, cede à pressão e perde para o Figueirense na Copa do Brasil

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

11/03/2020 21h11

O Fluminense voltou a jogar mal e acabou derrotado pelo Figueirense por 1 a 0, no Orlando Scarpelli, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O gol de Alemão, no fim da partida, deixou os catarinenses com a vantagem do empate para o jogo da volta, na próxima quinta-feira (19), no Maracanã.

Em vez do time móvel que goleou pequenos no Estadual, o Tricolor levou a campo uma equipe modorrenta, sem inspiração e criatividade, repetindo escalação que não deu certo em outras partidas. Se no primeiro tempo o adversário não incomodou muito, bastou uma leve pressão do Figueira na segunda etapa para que saísse de seus domínios com a vitória.

Nenê não repete boas atuações e atrapalha o Flu

Pouco inspirado no jogo, o camisa 77 não encontrou o melhor posicionamento em campo e embolou demais com o trio de atacantes, também confuso com Marcos Paulo e Evanílson caindo pelo meio e Wellington Silva muito mal tanto pela direita quanto pela esquerda. Artilheiro do Flu na temporada com 9 gols, o jogador deveria ter sido substituído, mas Odair Hellmann preferiu mantê-lo, confiando no jogador que mais decidiu partidas pela equipe até aqui.

Nenê Fluminense Figueirense - Lucas Merçon/Fluminense FC - Lucas Merçon/Fluminense FC
Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC


Nino ganha quase todas e evita o pior

Em uma má atuação do Fluminense, um dos poucos a se salvar foi o zagueiro Nino. Atuando com dois amarelados em sua proteção na primeira etapa, o camisa 33 preciso se desdobrar para levar a melhor nos duelos tanto na zaga quanto mais à frente. No segundo tempo, perdeu chance boa de cabeceio, mas ainda assim, venceu a maioria das jogadas e não teve culpa no gol, quando Matheus Ferraz marcou a bola e não viu Alemão avançar de trás para cabecear e fazer o gol da vitória do Figueira.

Inseguro, Muriel levanta torcida... do Figueirense

Muriel não teve culpa no gol do Figueirense, é bem verdade, mas teve sua parcela de contribuição para a derrota do Fluminense no Orlando Scarpelli. Inseguro mais uma vez, o goleiro passou a levantar a torcida do Figueira a cada bola recuada. Da animação da torcida, que empurrava a equipe, veio a pressão que culminou no gol de Alemão. Antes disso, o camisa 27 já havia saído perdido para cortar cruzamento em bola parada e também demorado demais para passar a bola com os pés, o que está longe de ser sua praia.

Ganso sai do banco apenas aos 39 minutos do segundo tempo

Só depois de sofrer o gol que Odair Hellmann chamou Paulo Henrique Ganso no banco de reservas. Em vez de corrigir a desorganização do meio para a frente, o treinador colocou o camisa 10 na vaga de Wellington Silva, abriu Nenê na ponta e não modificou nada na já lenta equipe tricolor. Mexida ruim do treinador e chance perdida de escalar o meia em uma partida que pedia o organizador e passador superior que é Ganso em relação aos outros jogadores de meio de campo do elenco tricolor.

O jogo

O Fluminense começou a partida com escalação diferente da goleada por 4 a 0 sobre o Resende no fim de semana. Evanílson voltou ao time e Fernando Pacheco foi para o banco. Com o camisa 9 centralizado, Marcos Paulo foi para a ponta-esquerda e Wellington Silva passou para o lado direito do ataque. As trocas, somadas ao posicionamento muito adiantado de Nenê, se mostrariam o maior problema da equipe de Odair Hellmann no primeiro tempo.

Confuso, o Tricolor criava pouco do meio para a frente. Muito porque o camisa 77, artilheiro da equipe na temporada com 9 gols, não conseguiu achar espaços entre as linhas e se junto ao trio de ataque, abrindo um buraco até Yago e Hudson no meio de campo. Nesses espaços que o Figueirense tentava jogar. Organizado defensivamente e com a marcação adiantada, entretanto, o time da casa esbarrava na própria limitação. Mas com Gilberto e Hudson amarelados, os catarinenses forçavam os ataques pela direita e complicavam o Tricolor.

Por sorte de Odair e seus comandados, o Figueira não conseguia criar chances, assim como próprio Flu. Até os 46 do segundo tempo, quando Marcos Paulo, já centralizado, obrigou Sidão a fazer grande defesa em cabeceio, a partida não tinha chutes a gol. Na sequência, Nenê bateu para defesa simples do experiente goleiro catarinense.

Na volta do intervalo, o Tricolor se mostrou melhor postado taticamente, com a marcação mais adiantada e o ataque menos confuso. Com Igor Julião na vaga de Gilberto e Evanílson pela direita, entretanto, a equipe seguia criando muito pouco. A despeito disso, Odair manteve Nenê, que fazia péssima partida.

Sem apertar muito, o Figueirense ia ganhando campo enquanto o Flu, lento recuava demais e trocava passes além da conta no campo de defesa. Muriel, inseguro com os pés, dava sustos seguidos, e a zaga não encontrava opções no meio para desafogar a equipe. Odair, então, lançou Pacheco na vaga de Marcos Paulo, mantendo Evanílson, que não fazia bom jogo.

Após iniciar uma leve pressão, o Figueira chegou ao gol em falha generalizada da defesa tricolor, aos 37. Apesar de estar bem postados, os defensores marcaram a bola. Matheus Ferraz observou o centro e não viu Alemão sair de trás, em velocidade, e subir alto para testar no canto, sem chances para Muriel, e marcar o gol da vitória.

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