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Dois dos últimos três técnicos demitidos do Santos caíram após clássicos

Técnico Jesualdo Ferreira durante a vitória do Santos sobre o Botafogo-SP - GUILHERME DIONÍZIO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Técnico Jesualdo Ferreira durante a vitória do Santos sobre o Botafogo-SP Imagem: GUILHERME DIONÍZIO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

28/02/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Pressão sobre o técnico Jesualdo Ferreira está grande e o clássico contra o Palmeiras é decisivo
  • O português joga contra o retrospecto recente de demissões do Santos: dois dos últimos três treinadores caíram após clássicos
  • Uma derrota para o São Paulo derrubou Levir Culpi, enquanto um revés diante do Corinthians fez Dorival Júnior ser demitido
  • A proximidade com a estreia na Libertadores joga a favor da continuidade de Jesualdo Ferreira independentemente do resultado de sábado

A pressão sobre o técnico Jesualdo Ferreira está grande. Ontem (27), o próprio presidente José Carlos Peres chegou a dizer que a situação pode sair do controle "se a bola não entrar". O português terá um de seus principais desafios amanhã (29), diante do Palmeiras, e joga contra o retrospecto recente santista: dois dos últimos três treinadores demitidos pelo Santos caíram após derrotas em clássicos.

Entraram na estatística os dois técnicos que passaram pelo Peixe em 2017: Dorival Júnior, que caiu após derrota para o Corinthians na Arena rival, e seu sucessor Levir Culpi, demitido após uma derrota para o São Paulo no Pacaembu.

Jair Ventura completa a lista dos últimos três demitidos pelo Santos. No entanto, sua queda não teve relação imediata com um clássico, já que o antigo treinador caiu após um empate por 0 a 0 contra a Chapecoense.

Desde que Peres assumiu a presidência do Peixe, no início de 2018, o clube só demitiu um treinador: Jair Ventura. Depois disso, Cuca e Jorge Sampaoli passaram pelo Santos, mas ambos deixaram o clube sem serem efetivamente desligados pela diretoria.

Cuca teve um problema de saúde e anunciou que faria uma pausa em sua carreira para uma cirurgia. Já Sampaoli discutiu com Peres em uma reunião de planejamento para a temporada 2020 e pediu demissão. O argentino e o Peixe discordam de como o pedido de demissão se deu, se ainda durante a reunião ou se em carta dias depois.

Contratado no início do ano, Jesualdo soma apenas sete jogos no comando do Santos: três vitórias, dois empates e duas derrotas. O principal motivo da pressão que se instaurou nos arredores da Vila Belmiro é a queda de desempenho nos últimos dois jogos, quando o Peixe foi dominado por Ferroviária e Ituano.

Joga a favor de Jesualdo a proximidade com a estreia na Copa Libertadores da América, marcada para terça-feira, às 19h15, contra o Defensa y Justicia, na Argentina. O Peixe viaja ao país vizinho no dia seguinte ao clássico com o Palmeiras e a ideia de estrear na competição mais importante do ano sem um técnico no banco de reservas desagrada parte da direção.

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