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Honda veste a camisa do Botafogo e diz: "Eu nunca me senti tão amado"

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/02/2020 12h22

Honda entrou no local definido para sua coletiva de imprensa e logo vestiu a camisa do Botafogo. Em suas primeiras palavras como jogador do clube, o japonês se mostrou impressionado com o carinho que recebeu da torcida desde as negociações. Ontem (7), foi recebido por uma multidão no aeroporto. Hoje mais um grande público no Nilton Santos. Xingados, os cartolas voltaram a marcar presença neste sábado.

"Eu nunca me senti tão amado por parte de uma torcida em nenhum lugar que cheguei. Todos foram às redes sociais e me pediram para vir. Esse forte sentimento foi o que me fez vir jogar aqui no Botafogo. Eu tinha outras propostas. Não foi fácil decidir porque outros clubes fizeram boas propostas e pensei o que seria melhor. O motivo de eu decidir estar aqui foi que todas as pessoas estavam esperando por mim. Eles me convocaram pelas mídias sociais, estavam ansiosos. Isso me emocionou. Essa paixão me fez decidir jogar aqui", disse Honda.

"Realmente me surpreendi. Tanta gente, tanta paixão. Nunca senti isso na minha carreira. Quando fui ao Milan, teve gente no aeroporto. Naquele momento senti pressão. Ontem foi diferente. Foi mais energia do povo. No México não teve tanta pressão. No Brasil, com a chegada de um japonês. Essa pressão é grande, mas com sentido, gosto disso. Quero esse desafio", completou.

Sobre a cláusula contratual que permite os dois lados encerrar a parceria, o apoiador deixou claro que isso é apenas uma opção, mas que hoje sequer passa pela sua cabeça. Na resposta, ele animou os botafoguenses.

"É só uma opção no contrato. Estou aqui apenas focado em jogar pelo Botafogo. Não tenho pensamentos sobre essa opção. Depois da Olimpíadas eu penso nisso. Quero ficar o máximo possível aqui. Para os torcedores. Quero fazer as pessoas que foram ao aeroporto o mas feliz possível. Foi por isso que vim aqui".

"Eu estou focado em ajudar o Botafogo. Eu quero pensar depois nos Jogos Olímpicos. Essa é a razão de estar aqui: em minha mente, as pessoas queriam que eu estivesse aqui. O que tenho de pensar agora é jogar meu jogo e tentar as vitórias. Quero ser colega de verdade dos jogadores do Botafogo e mostrar a minha qualidade ao técnico. Depois, penso na caminhada para a Olimpíada. Meu primeiro projeto é jogar aqui", finalizou.

Honda beija escudo do Botafogo e leva torcida ao delírio

Honda - Alexandre Araujo/UOL - Alexandre Araujo/UOL
Imagem: Alexandre Araujo/UOL

Após a coletiva de imprensa, Honda foi até o gramado com o uniforme do novo clube. Diante de 13 mil pagantes, o japonês fez 'embaixadinhas' no gramado e chutou quatro bolas para os torcedores.

Quando se aproximou dos botafoguenses, beijou o escudo e levou os presentes ao delírio. Em seguida, segurou o escudo e gritou "vamos" algumas vezes. Explosão nas arquibancadas e gritos de "Honda" e provocação ao Flamengo e Gabigol.

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Período para estreia

Eu estava treinando todos os dias, mas sozinho. Por isso, leva um pouco mais de tempo para adaptação, mas quando começar a treinar com o time, já poderei sentir quando poderei jogar. Em minha opinião, umas duas ou três semanas para preparar para a estreia.

O que deseja mostrar no Brasil?

Japão e Brasil sempre tiveram muita ligação, intimidade na história. Na área do futebol, ainda tem uma diferença grande e, por isso, um japonês chegando ao Brasil é desafio muito grande. Muitos brasileiros foram para o Japão e estão jogando. A seleção japonesa, a cada quatro anos, participa da Copa e esse crescimento rápido do Japão é também por causa do jogadores brasileiros. Quero mostrar isso também como agradecimento.

O que sabe de português

Eu só sei "obrigado", "muito prazer", "vamos"... "Botafogo", claro (risos). Eu tenho de aprender português. Eu lembro de algumas palavras, mas vou melhorar meu português.

Vai ao Fluminense x Botafogo?

Na verdade, eu quero muito ir e ver esse jogo, mas preciso me adaptar o mais rapidamente possível para mostrar meu jogo. Ainda tenho muitas coisas a resolver. Primeiramente, vou estabelecer tudo para ter a vida no Brasil

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