Qual a estratégia do Atlético-MG para gastar R$ 100 milhões em reforços
Resumo da notícia
- O Atlético-MG fez investimentos elevados no mercado. E a diretoria não vai parar por aí. Não à toa prometeu até três reforços para o ataque em breve
- Mas como o Galo paga os reforços? Sette Câmara alega que vendas passadas permitem passos ousados: "Vendemos R$ 105 milhões em 2019, não há investidor"
- Em que pese a declaração, o Galo conta também com o aporte de investidores. A família Menin auxilia a diretoria constantemente em reforços
- O Galo gastou R$ 43 milhões com Mailton, Borrero, Hyoran, Allan e Arana. Ainda se propõe a pagar R$ 51 milhões por Soteldo e R$ 8 milhões por Savarino
- O Banco BMG, parceiro do clube em transações anteriores, como as buscas por Igor Rabello e Yimmi Chará, se afastou no início de 2020
O Atlético-MG fez investimentos elevados no atual mercado da bola — já foram R$ 43 milhões gastos e mais R$ 59 milhões em ofertas. E a diretoria promete não parar por aí. Sérgio Sette Câmara, presidente do clube, disse que contratará até três novos reforços para o ataque nos próximos dias. Mas como o Galo tem feito para pagar as contratações feitas em 2020?
O mandatário alega que as transações realizadas na temporada passada permitem passos mais ousados em 2020. Em entrevista ao UOL, ele diz que as vendas feitas no ano anterior é o que sustentam os gastos atuais.
"Tem que lembrar que o Atlético-MG teve uma venda de R$ 105 milhões no ano passado. E, neste ano, vendemos o goleiro [Cleiton, ao Red Bull Bragantino] e o Chará. Atlético não tem investidor: tem dinheiro de caixa de venda", declarou Sette Câmara.
Em que pese a declaração do dirigente, o Galo conta também com o aporte de investidores. A família Menin, responsável pela administração da MRV Engenharia, auxilia a diretoria constantemente em reforços. Foram eles que ajudaram na busca por Allan, contratado por 3 milhões de euros (R$ 13,8 milhões), e também no acordo de Guilherme Arana, avaliado em 5 milhões de euros (R$ 23 milhões).
O mesmo acontece na tentativa de contratação de Soteldo, hoje no Santos, e de Savarino, do Real Salt Lake City, dos Estados Unidos. O Galo apresentou uma oferta de US$ 12 milhões (R$ 51 milhões) para adquirir 100% dos direitos econômicos do jogador do Peixe e ofereceu US$ 2 milhões (R$ 8,48 milhões) pelo atleta do time norte-americano. Esses acordos têm contrapartidas e são feitos como empréstimos. No entanto, com correções diferentes das praticadas no mercado. A família, inclusive, se mostrou disposta a pagar parte dos salários de Jorge Sampaoli em um eventual acordo em dezembro do ano passado, mas o acordo não foi selado.
Os demais reforços — o lateral direito Mailton e os meias Dylan Borrero e Hyoran — chegaram com dinheiro do próprio clube. O defensor de 21 anos foi adquirido por 300 mil euros (R$ 1,38 milhão). O Galo comprou 50% de seus direitos econômicos do Mirassol-SP. O colombiano de 18 anos foi adquirido por 1 milhão de euros (R$ 4,61 milhões). Os mineiros obtiveram 100% de seus direitos econômicos. As duas transações ocorreram de forma parceladas. As prestações só serão quitadas em 2021.
O Banco BMG, parceiro do clube em transações anteriores, como as buscas por Igor Rabello e Yimmi Chará, se afastou no início de 2020. A instituição financeira tem dado mais atenção ao Coimbra, seu braço no futebol e que disputa o Módulo I do Campeonato Mineiro.
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