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Inter detalha situação de Rodrigo Dourado e vê evolução em recuperação

Rodrigo Dourado não tem prazo para retornar aos gramados, mas recuperação evolui - Jeferson Guareze/AGIF
Rodrigo Dourado não tem prazo para retornar aos gramados, mas recuperação evolui Imagem: Jeferson Guareze/AGIF

Do UOL, em Porto Alegre

11/01/2020 11h47

Resumo da notícia

  • O Internacional detalhou todas as situações envolvendo a lesão de Rodrigo Dourado.
  • O jogador passou por duas artroscopias e não atua desde o meio do ano passado.
  • Os médicos estão otimistas para o regresso do atleta, mas não definem data para isso.

O Internacional se manifestou através de seu departamento médico sobre a situação de Rodrigo Dourado. Na manhã de hoje (11), o médico Carlos Poisl concedeu entrevista coletiva e detalhou os procedimentos pelos quais o marcador de 25 anos passou. Não há prazo para retorno aos gramados.

"Antes de falar sobre o que vai acontecer, seria interessante a gente estabelecer cronologicamente os acontecimentos, como tudo chegou até aqui. No início de 2019, contra o Palestino (pela Libertadores), ele teve uma lesão durante a partida. Um trauma na região do joelho esquerdo. Naquele momento, com as nossas avaliações, não se constatou nada muito importante, só alterações de fibras e ligamento colateral, que tem um índice de cura muito rápido. Participou de muitas partidas no primeiro semestre, sendo a última em maio, contra o River Plate. Em todas as partidas ele ainda tinha alguma queixa residual. A partir daí, ele se queixou mais e resolvemos investigar mais a fundo", contou o médico.

"Fizemos mais exames, ressonâncias, uns mais específicos, esses exames não mostravam nenhuma lesão, não nos ajudavam. Restou o artifício da artroscopia, que neste caso foi para diagnóstico, para olhar dentro do joelho. Esta foi feita em 17 de maio. E ela nos deu grande esperança. Não achamos nada de muito importante. E preparamos ele com fisioterapia, na ideia de que o segundo semestre seria inteiro", acrescentou.

Porém, em seguida o jogador precisou ficar fora novamente. Seu último jogo foi exatamente o primeiro depois da intertemporada em Atibaia, contra o Palmeiras. Em diante, não conseguiu atuar mais.

"Na metade de junho ele voltou a treinar, se reabilitou e estava pleno em Atibaia, na intertemporada. Participou dos jogos-treinos e entrou contra o Palmeiras, em 10 de julho, jogo de ida da Copa do Brasil. Jogou os 90 minutos. No entanto, após o jogo ele realmente reclamou que não se sentia seguro, achava que estava perdendo rendimento. Avaliamos do ponto de vista clínico, conversamos com a comissão técnica, e resolvemos fazer exames. Foi quando fizemos um novo exame e apareceram edemas ósseos no fêmur e na tíbia. E este é um quadro que realmente incomoda bastante", explicou o médico.

"Então, se combinou uma segunda artroscopia, desta vez terapêutica. Para limpar a articulação e fazer algum procedimento. Com a anuência de todos, se definiu que ele necessitaria ficar pelo menos de dois meses a dois meses e meio sem descarga de peso. E foi o que ele fez. Ficou até o final da temporada de muletas, tratando até 18 de dezembro, foi liberado para as festas e retornou agora", detalhou.

Desde então o processo é animador. Os exames realizados já em 2020 e os testes feitos com o atleta deixaram o departamento médico do Inter animado sobre a possibilidade de retorno o mais breve possível, ainda que uma data não seja estabelecida.

"Fizemos uma nova ressonância. Não é o cenário ideal, mas é animador. O edema da tíbia sumiu, resta algo no fêmur que ainda esperávamos até. Ele está bem melhor, caminhando normal, e nesta última quinta fizemos um teste de avaliação isocinético na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) para verificar o equilíbrio da musculatura. Tivemos bons resultados porque neste tempo, mesmo sem apoio, manteve uma boa qualidade muscular", esclareceu Poisl.

Dourado passará, agora, a fazer treinamentos utilizando o equipamento da universidade. Não há, porém, como estabelecer uma data de retorno pois a recuperação do fêmur varia muito de indivíduo para indivíduo.

"Tem coisas que passam por rede social, atleta, boataria, dizendo que não iria mais jogar. Não é por aí. Ele vai jogar. Peço paciência de todos. Podem ter certeza que atleta, familiares, procurador, clube, todos estão de acordo com o que estamos fazendo", finalizou o médico.

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