De craque a estagiário no Fla, Juan admite que ainda vive a vida de jogador
O porte atlético e a voz mansa dos tempos de campo seguem inalterados. De agasalho do Flamengo, o ex-zagueiro Juan mais parece em atividade. Sentando no sofá do hotel que serve de quartel-general para o Rubro-negro em Doha (QAT), sede do Mundial de Clubes, ele admite: é difícil deixar de viver a vida de atleta.
Aposentado desde maio deste ano, Juan tem uma rotina de "estagiário" no Ninho do Urubu. Convive nas mais diversas áreas do departamento de futebol para se familiarizar mais com os processos. A ideia é que assuma um cargo futuramente, mas nem ele sabe quando e exatamente em qual função.
"Dissociar é difícil, tenho cabeça de jogador ainda. Estou aqui no Qatar e praticamente não saí do hotel. Acaba a refeição e vou descansar no quarto. Não preciso mais, mas é o que sempre vivi. Como ainda não tenho cargo que me obrigue a fazer as coisas, sinto dificuldades em montar meu dia a dia, especialmente nas viagens. Então, é mais fácil me apegar ao meu tempo de jogador. Conversar, pensar no jogo e descansar. São coisas que não preciso mais, mas vou me adaptando a isso", disse o ex-zagueiro ao UOL Esporte.
Juan se especializou em desarmar artilheiros dos 17 aos 40 anos e, agora, tenta usar a experiência para usar os atalhos também fora das quatro linhas. Desde que começou seu percurso pelos bastidores do clube, ele tem intensificado suas observações para as questões técnicas. Uma vida à beira do campo, contudo, está descartada.
Na iminência da disputa da final do Mundial, Juan entende que sua situação no clube é mínima perto do que está no horizonte rubro-negro. Sem pressa e sem prazo, ele vai experimentado as possibilidades dessa nova vida.
"Tenho visto coisas de análise de mercado e análise de desempenho. Tenho porta aberta no clube. Estou mais voltado para a parte técnica, para as coisas que envolvem mais o jogo. Talvez fazer esse meio de campo com os mais jovens, a performance, evolução e observação de jogador. Tudo que seja voltado ao jogo me atrai. Mas não há nada definido ainda, nem tem razão de definir agora", explicou Juan.
Não fosse uma grave lesão no tendão de Aquiles, fato que abre viu sua carreira, o ex-defensor poderia até estar nos gramados do Qatar para, quem sabe, uma despedida com direito a bi mundial
"Você pensa nisso, mas ao mesmo tempo penso que joguei até os 40 e que comecei com 17 no Flamengo. Não se pode ter tudo na vida, sou grato por tudo que vivi. Querendo ou não, estou aqui vivendo de outra forma", contou.
Com o Liverpool definido como rival da finalíssima, o Fla segue hoje (19) seus trabalhos de olho nos ingleses. As equipes reeditam no sábado (21) a final de 1981, às 14h30 (de Brasília), no Estádio Khalifa.
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