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M. Menezes vê injustiça em demissão da seleção e não faz planos para Europa

Mano Menezes, técnico do Palmeiras, durante partida contra o Ceará - Bruno Ulivieri/AGIF
Mano Menezes, técnico do Palmeiras, durante partida contra o Ceará Imagem: Bruno Ulivieri/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/11/2019 01h43

Convidado desta semana do Bola da Vez, da ESPN Brasil, o treinador Mano Menezes foi entrevistado pelos jornalistas André Plihal, Gian Oddi e Danilo Lavieri. O treinador do Palmeiras falou sobre sua passagem pela seleção brasileira e disse acreditar que sua demissão foi injusta e causada por interferência externa.

"A demissão da seleção brasileira foi a mais injusta da minha carreira. A demissão é sempre difícil. É como se você não se sentisse capaz, ou visse que os outros não te veem como capaz. E gera consequências. Mexe com a confiança. Eu fiquei um tempo sem trabalhar depois da seleção para me recuperar", declarou Mano.

Na opinião do treinador, os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ouviram muito a opinião pública ao buscar alguém com mais lastro. Mano treinou a seleção entre 2010 e 2012, e tinha bons resultados à frente da equipe no momento da demissão.

"A demissão teve a ver com a interferência externa. O desejo de ter alguém com mais lastro, como o Felipão ou o Parreira. Quem toma a decisão também lida com o peso da decisão. E, como essa decisão não teve um desfecho feliz, a direção teve que lidar com essas consequências", disse.

Antes de assumir a seleção brasileira, Mano Menezes foi especulado no Porto. O treinador confirmou que foi procurado pelo time português à época, mas que as negociações não avançaram. O técnico afirmou, porém, que não planeja seguir carreira na Europa, apesar de não descartar esta possibilidade.

"Nunca foi meu plano de carreira dirigir clubes europeus. Mas, antes da seleção, teve sim uma possibilidade de ir ao Porto. Na época, foi uma possibilidade, não deu certo. Pode voltar a acontecer. Pode não voltar. Não será uma frustração se não acontecer", disse.