Athletico-PR inicia 2019 como ano mais promissor da história do clube

O ano de 2018 já ficou para trás, mas estará para sempre na cabeça dos atleticanos como uma das temporadas mais vitoriosas - e turbulentas - da história do clube. Da zona de rebaixamento ao título da Copa Sul-Americana, com o Paranaense de brinde, o clube repetiu 2001 e conquistou duas taças numa mesma temporada pela segunda vez na história, considerando apenas títulos de expressão.
Mas 2019 começa mais promissor ao Furacão do que 2002, quando o clube entrou na Libertadores como campeão brasileiro. Isto por que, à época, a oferta de jogos não era tão grande e exigente como será nesta temporada. Naquele ano, o Furacão disputou o Supercampeonato Paranaense (foi campeão), a Copa Sul-Minas (ficou com o vice, perdendo para o Cruzeiro na final), a Libertadores, quando foi eliminado ainda na primeira fase, e o Brasileirão, com uma modesta 14ª posição. O clube ficou de fora da Copa do Brasil, por ter disputado a Libertadores, numa chave com América de Cali, Olmedo (Equador) e Bolívar.
Já 2019 garantirá ao Athletico outras duas finais internacionais, além de já estar nas oitavas da Copa do Brasil. Encara o River Plate na Recopa Sul-Americana e o Shonan Bellmare, campeão japonês, na Copa Suruga. Na Libertadores, terá pela frente o Boca Juniors, o Jorge Wilstermann (Bolívia) e o Tolima (Colômbia). Defenderá o título paranaense novamente atuando com uma equipe Sub-23 e ainda disputará o Campeonato Brasileiro.
Ao todo, se tiver sucesso e considerando jogos de ida e volta na Recopa Sul-Americana (ainda não confirmados pela Conmebol), o Furacão poderá fazer até 79 partidas na temporada, considerando chegar às decisões de todos os campeonatos que disputar (incluindo os turnos e a decisão do Paranaense). Em 2018, o clube disputou 74 jogos, mas 16 deles foram com a equipe Sub-23, que disputou o Paranaense - algo que se repetirá nesta temporada.
Turbulência e alegria internacional
Para chegar a este estágio, o (agora) Athletico viveu dias turbulentos dentro e fora de campo. A manutenção de Fernando Diniz como técnico até a pausa da Copa do Mundo da Rússia deixou o time na penúltima posição do Brasileirão, ameaçada de rebaixamento após a disputa de quase um terço da competição. Mesmo à revelia de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo, Diniz deu lugar à Tiago Nunes, campeão paranaense com os aspirantes e com apenas uma derrota.
Nunes guiou a equipe até a sétima posição do Brasileirão, brigando com o Atlético-MG por uma vaga na Libertadores até a última rodada. Perdeu, mas não fez falta: o time chegou à decisão da Copa Sul-Americana e acabou campeão após dois jogos empatados com o Junior Barranquilla, da Colômbia. A decisão nos pênaltis foi assistida por 40.263 pessoas, quebrando o recorde de público da Arena da Baixada. Até a virada do ano, Tiago Nunes e o Athletico não haviam acertado a permanência do técnico no clube, o que não é visto como um problema nos bastidores, por ambas as partes.
Dias antes, o clube anunciou uma mudança radical em sua identidade. Reincorporou o H na grafia do nome e lançou novo escudo, camisas e mascotes. A reação popular não foi a idealizada pelos criadores, vide manifestações nas redes sociais. O criador do novo escudo contestou as críticas e negou qualquer possibilidade de plágio.
Ainda com a camisa e o escudo antigos, o então Atlético ganhou a Sul-Americana e mudou a pauta. Com a taça, o clube se junta a um seleto grupo de 13 times brasileiros campeões internacionais e ainda levantou premiações de até R$ 40 milhões entre Sul-Americana, Recopa, Suruga e Libertadores 2019. Sem contar as bilheterias em jogos emblemáticos como contra os gigantes argentinos Boca e River.
O dinheiro será útil ao clube na remontagem do elenco que perdeu destaques como Pablo (vendido ao São Paulo) e Raphael Veiga (de retorno ao Palmeiras) e também a administração das dívidas pelas obras na Arena da Baixada, que seguem em disputa judicial contra a Prefeitura de Curitiba.
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