F. Melo não deve ser denunciado, mas caso provoca discussão inédita no STJD
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não deve denunciar o volante Felipe Melo, do Palmeiras, pela manifestação de apoio ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) após o empate por 1 a 1 com o Bahia, no último domingo (16). O procurador-geral do órgão, Felipe Bevilacqua, conversou com colegas sobre o caso, que ele vê como sem precedentes, e disse que há um consenso de que a declaração não é suficiente para configurar uma infração ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Porém, existe uma preocupação em levar o assunto a discussão caso outros jogadores aproveitem a exposição das partidas para se manifestarem politicamente.
"Estou propenso a não oferecer (denúncia)", disse Bevilacqua ao UOL Esporte. "Entendo que é uma conduta inadequada, mas acho que é uma competência ligada mais à parte comercial do que à disciplinar. É uma situação nova, que lida também com liberdade de expressão. O que tenho muito receio é que isso vire moda, que se utilizem desse meio para ficarem se colocando politicamente, fazendo merchandising".
"Seria legal levar a discussão se isso se tornar repetitivo, já que eles (jogadores) têm a mídia social para fazer isso. Se tiver um novo caso, é motivo de preocupação. Gostaria de levar a discussão, em que situação pode ser punível. Não ajo sozinho, peço opiniões, e é quase uma unanimidade que isso, sozinho, não seria suficiente para deflagrar uma denúncia", completou.
Anteriormente, em declaração à Folha de S. Paulo, o procurador havia deixado em aberto a possibilidade de denunciar Felipe Melo. "Não lembro de nenhum caso similar. Talvez fosse o caso de avaliar a denúncia e deixar que o tribunal veja se foi uma conduta correta ou não. Confesso que disciplinarmente deve ser cautelosamente avaliado", disse ele.
O Palmeiras se manifestou sobre o caso com uma nota oficial dizendo que o apoio de Felipe Melo a Bolsonaro é uma postura particular do atleta e não representa o posicionamento da instituição. O clube não teme que o volante seja punido por causa da declaração, porque não existe no CBJD qualquer artigo que proíba explicitamente manifestações políticas.
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