Fábio volta a questionar chances na Seleção: "não teve a mesma coerência"
Por mais que evite o assunto, o goleiro Fábio precisou voltar a falar sobre suas poucas oportunidades na Seleção Brasileira. Herói na última quarta-feira ao defender as três cobranças contra o Santos na disputa de pênaltis, o goleiro foi novamente questionado sobre os motivos pelos quais não recebe uma chance com a camisa canarinho, seja com o técnico Tite ou com outros anteriores. Há alguns anos, o camisa 1 procurava não entrar em polêmicas, mas suas recentes declarações deixam claro o descontentamento e a incompreensão com as convocações que não saem. Desta vez, o goleiro falou sobre falta de coerência.
"Eu fico feliz por ter me mantido em alto nível ao longo desses anos e ter esse reconhecimento. Muitos torcedores até falam que deveria ter tido maior oportunidade na seleção. Mas isso me fortalece. Infelizmente não teve a mesma coerência que tiveram com outros goleiros, mas todo que foram tiveram méritos e reconhecimentos. Eu fiz por onde, sempre fazendo o melhor pelo Cruzeiro. E tendo esse reconhecimento, você tem o ponto alto, que é a seleção brasileira. Mas não tive o mesmo reconhecimento que outros atletas", comentou o goleiro, em entrevista ao Sportv.
Titular absoluto do Cruzeiro há quase 15 anos, Fábio teve participação frequente nas categorias de base do Brasil, mas só foi convocado por três vezes para o plantel principal, e sequer atuou. Apesar de ter feito parte do elenco que jogou a Copa das Confederações de 2003 e da Copa América de 2004, nunca entrou em campo. Por coincidência, a última aparição de Fábio na seleção foi com o técnico Mano Menezes, hoje seu comandante. Na época, o goleiro foi chamado para um amistoso contra Gana, em setembro de 2011, mas ficou só no banco.
Defesa mais difícil da carreira?
Na disputa de pênaltis, Lucas Silva, Raniel e David converteram para o Cruzeiro enquanto Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota pararam no goleiro Fábio. Para o camisa 1, a primeira cobrança do atacante do Santos, defendida no canto esquerdo, foi uma das mais difíceis da carreira.
"O que eu sempre falo, todas as defesas são importantes. Na Vila a gente precisava não sofrer gols, aquela foi importante e difícil (defesa no chute do Gabigol). E na sequência, Deus no abençoou com o gol da nossa vitória. Mas acho que dentro de todas as dificuldades que encontramos ontem... Acho que a primeira defesa da penalidade foi uma das mais difíceis que fiz até hoje. Pude fazer a defesa e ganhar confiança para os meus companheiros. Dentro de tudo, pela sequência do jogo de ontem, as penalidades foram maravilhosas", completou.
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