Flu descarta volta, mas quer acordo para Scarpa sair "pela porta da frente"
Ao conseguir derrubar a liminar que liberou o acerto entre Palmeiras e Gustavo Scarpa, o Fluminense festejou não a possibilidade de contar com seu antigo camisa 10, mas sim a chance de conseguir reaver ao menos parte do prejuízo causado pela rescisão indireta do contrato.
O clube tricolor nem cogita ter Scarpa de volta, mas aguarda um aceno do clube paulista e dos representantes do jogador para construir uma saída conjunta que atenda a todas as pontas, o que ainda não aconteceu. Os cariocas não descartam a inclusão de jogadores palmeirenses em uma possível negociação, mas não veem com maus olhos uma compensação financeira.
"Que ele jogue no Palmeiras, mas o que justifica esse interesse em prejudicar o Fluminense? Ele [Scarpa] tem de sair pela porta da frente, mas optou por sair pela dos fundos. Queremos uma solução decente, honesta e pelo bem de todos", disse Miguel Pachá, vice-presidente de Interesses Legais do Tricolor.
No relatório do Tribunal Regional do Trabalho, a desembargadora Claudia Regina Barrozo reconhece os atrasos em direitos de imagem e FGTS por parte do Flu, e também admite que, de acordo com a Lei Pelé, seriam motivos válidos para a rescisão de contrato. Contudo, ela argumenta que Scarpa conviveu com atrasos desde 2012, e chegou a renovar contrato depois destes atrasos: com isso, levanta a hipótese de que a rescisão não tenha sido motivada por eles, e sim pelo desejo de se desvincular sem o pagamento de multa de R$ 200 milhões.
A defesa de Gustavo Scarpa já entrou com uma medida de correção junto ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasilia, pedindo anulação do julgamento. Toda a disputa, no momento, gira em torno de uma liminar: a ação do jogador contra o Fluminense ainda não foi julgada nem em primeira instância.
"Quem não quis mais falar sobre acordo foi o próprio jogador. O que eu espero é que as três partes sentem e se entendam", afirmou Pachá.
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