Seguranças revelam terem sido torturados em assalto ao CT do Flu
Dois seguranças do Fluminense compareceram na tarde deste sábado na 32ªDP (Taquara), onde o caso do assalto ao centro de treinamento do clube foi registrado. Na saída, eles deram mais detalhes da ação dos criminosos e disse que foram amarrados e torturados pelos bandidos.
“Estávamos há três horas sofrendo tortura, agressiva e psicológica. Apanhamos muito. Ficamos amordaçados. Teve uma hora que eles atiraram perto da cabeça do meu amigo. Quando foi dada a ordem de execução, foi quando os PMs chegaram. Foi terror total”, disse um dos seguranças, Marcos Rosa.
A polícia foi chamada por um terceiro segurança que chegava para trabalhar e percebeu a ação dos bandidos. Alguns minutos depois, os PMs iniciaram troca de tiros com os criminosos. Um policial foi baleado na mão e um dos assaltantes foi preso.
Já os dois seguranças do Fluminense sofreram lesões pelo corpo. A mais grave foi uma fratura no braço esquerdo de Aguilar de Jesus, que terá que passar por cirurgia para inserir pinos no local.
“Achei que a gente ia morrer. Bateram muito com chinelo, pedaço de madeira e nos amarraram. Ficamos muito machucados, ombros, costas, de tanto que bateram na gente. Além do meu braço fraturado”, desabafou Aguilar.
Agora a Polícia Civil analisa as câmeras de segurança do centro de treinamento para tentar identificar os criminosos que invadiram. No momento ainda não se sabem quantos criminosos estavam no local.
O CT Pedro Antonio Ribeiro da Silva, que foi inaugurado em julho de 2016, fica próximo à Cidade de Deus, considerada pela PM uma das comunidades mais perigosas do Rio, e já havia sido alvo de ação de criminosos anteriormente. Em maio deste ano, criminosos armados invadiram o local e roubaram mais de 10 mil camisas do clube.
A PM reforçou o policiamento na área após a invasão do Centro de Treinamento. Em nota, o Fluminense afirmou que "todas as medidas estão sendo tomadas e o Fluminense conta com o apoio e todo o empenho do poder público para que incidentes como este não voltem mais a ocorrer".
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