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Palmeiras vive nova crise antes da Libertadores. Nem técnico tem explicação

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

29/02/2016 06h00

O Palmeiras voltou a decepcionar o torcedor ao perder para a Ferroviária por 2 a 1 em pleno Allianz Parque. Com o resultado, a crise no clube voltou à tona a apenas quatro dias da segunda partida na Libertadores.

Para o técnico Marcelo Oliveira, os problemas do Palmeiras passam pela inconstância no desempenho, principalmente em casa, já que a equipe não ainda venceu como mandante — depois de um empate por 2 a 2 com o São Bento, o time jogou três vezes no Allianz, com derrotas para Linense e Ferroviária por 2 a 1, além de um empate sem gols com o Santos.

O comandante, entretanto, ainda não sabe quais as causas para o Palmeiras ainda não ter vencido duas partidas seguidas em 2016. "Eu não tenho a resposta. Se tivesse a resposta exata, resolveria rapidamente. O que a gente tem é trabalho, confiança e bom ambiente para que isso possa mudar de vez", afirmou o treinador.

A campanha em casa preocupa, pois o Palmeiras recebe o Rosario Central pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. Para Marcelo Oliveira, é preciso mudar a postura para o confronto.

"Temos de passar confiança. Temos de nos cobrar, todos nós, o técnico também, comissão, a equipe como um todo. Cobrar um pouco mais. Às vezes a gente não está em um dia feliz tecnicamente, um ou outro jogador. Então precisamos marcar mais, ficar mais organizado para não deixar o adversário jogar", finalizou.

Inconstância

Na última quinta-feira, por exemplo, o time venceu o XV de Piracicaba por 4 a 1 fora de casa, depois de enfrentar um jejum de cinco partidas sem vencer. Neste domingo, o Palmeiras viu a Ferroviária se impor mesmo atuando como visitante.

"Não tivemos ainda a condição de fazer dois jogos seguidos da mesma forma, como foi o último, quando nós marcamos melhor, saímos em velocidade, criamos jogadas de triangulações", explicou.

O Palmeiras teve inclusive menos posse de bola que o adversário, com 42%. A Ferroviária ainda trocou mais passes que o mandante: 458 contra 320. A equipe alviverde ainda voltou a exagerar nos chutões. No total, foram 56, número bastante superior à média do time no campeonato (43) e ao registrado na vitória sobre o XV de Piracicaba (28).

Marcelo, que chegou à marca de 50 jogos à frente do Palmeiras, descartou que a campanha ruim até aqui esteja ligada a supostos problemas entre os jogadores. O treinador admite que a parte tática influi no desempenho.

"Acreditamos no elenco do Palmeiras. Não existe mau ambiente, isso é tranquilo. Os jogadores estão muito comprometidos, até aqueles que treinam separados. É ajuste, é parte tática. E isso compete ao técnico também', finalizou.