O que vem atrasando a vida do Corinthians no mercado da bola
Após perder jogadores importantes em quase todas as posições, o Corinthians se voltou para o mercado da América do Sul. Além de buscar um zagueiro, negocia para trazer o meia atacante Sebastián Blanco - os planos, entretanto, têm sido atrasados pela alta do dólar e pelo jogo duro dos argentinos na negociação.
Blanco pertence ao San Lorenzo, que não tem feito nenhum esforço para facilitar a saída de seus principais jogadores. A exemplo do que fez com o lateral Buffarini, alvo do rival São Paulo, o clube argentino adota uma postura dúrissima para negociar o meia.
A primeira oferta corintiana, de dois milhões de euros, foi recusada. A segunda, de três, também. Nesse processo se passaram quase duas semanas, com a estreia corintiana no Paulistão se aproximado. Os dois lados finalmente chegaram a um acordo verbal por cerca de 3,5 milhões, mas aí surgiu um segundo obstáculo.
Blanco recebe na Argentina cerca de um milhão de dólares líquidos por ano - cerca de 83 mil dólares por mês. É um salário normal para um jogador considerado de ponta no futebol argentino, e, até pouco tempo atrás, algo dentro da realidade dos clubes grandes brasileiros.
Em 2014, esse valor equivaleria a 200 mil reais mensais; no começo do ano passado, a 214 mil. Atualmente, com a alta dólar, equivale a quase 350 mil reais.
350 mil é o que o Corinthians está disposto a pagar ao jogador, bruto. Blanco, entretanto, quer manter pelo menos o que recebe na Argentina: esse valor líquido, já abatidos todos os impostos. Isso significaria para o Corinthians gastar por mês quase 500 mil.
O estafe do jogador acredita que uma definição só ocorrerá na semana que vem. O Corinthians ainda procura, além do meia e de um zagueiro, um centroavante.
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