Mais treino, menos marketing. O que muda na pré-temporada caseira do Grêmio
Ao contrário do que normalmente faz, o Grêmio optou por realizar a pré-temporada em Porto Alegre em 2016. A serra gaúcha, que normalmente abriga o Tricolor neste período, apresentou uma série de propostas, mas por opção da comissão técnica a determinação foi ficar em casa e usar a estrutura do CT Luiz Carvalho. E o que muda com tal determinação? Distância da torcida e do marketing e uma melhor condição de trabalho são as alterações mais fortes na rotina gremista.
Seja em Bento Gonçalves, Gramado, Canela ou cidades como Lajeado que também apresentou proposta para ter a pré-temporada do Grêmio, o Tricolor encontrava campos bons, mas não da mesma forma dos que possui no CT Luiz Carvalho. Recebe autorização para usar sozinho as melhores academias da região, mas não possui à disposição os mesmos equipamentos de avaliação que tem nas salas do Centro de Treinamento. E ainda enfrenta a distância entre um ponto e outro.
No ano passado, por exemplo, era necessário deslocamento de ônibus que demorava aproximadamente 20 minutos da academia utilizada pelos atletas até o campo de treinamentos. Este tempo perdido desagrada a comissão técnica atual. Nas atividades de pré-temporada, os grupos de trabalho saem da musculação para o campo, sem descanso. O período de ônibus atrapalharia melhores resultados.
O controle de alimentação e descanso dos atletas segue o mesmo. Os jogadores estão em Porto Alegre, mas sob regime de concentração. Enquanto não estão treinando, permanecem no hotel que já serve de base em véspera de jogos na capital gaúcha.
Mas a torcida perde contato com o elenco. A pré-temporada, além de preparar o grupo para os jogos do ano, também era o momento de interação de aficionados e jogadores. Principalmente em cidades que não recebem os atletas com frequência, os torcedores acompanhavam cada treino, vibravam com gols em trabalhos de conclusão, podiam pedir autógrafos, aproximarem-se dos jogadores, conviver com ídolos que por vezes parecem distantes. Isso não acontece em Porto Alegre.
Sem arquibancadas e com a presença de torcedores proibida, o CT Luiz Carvalho impede qualquer momento de interação. Na apresentação do grupo, por exemplo, os cerca de 50 aficionados que esperaram em frente ao CT com bandeiras e faixas não puderam sequer se aproximar dos jogadores. Na serra, a chegada já era evento grandioso com carreata e recepção calorosa dos fãs.
Outro ponto que perde com a permanência em Porto Alegre é o marketing. Não há evento consular, não tem jantar de autógrafos dos jogadores, não há expansão da marca em mercados importantes do interior gaúcho. 'Em casa', a única atividade ficará por conta do amistoso do próximo dia 23, provavelmente diante do Danubio, do Uruguai.
O Grêmio manteve o expediente e vendeu os 'naming rights' da pré-temporada. Mas a marca acaba menos vista pois não há ninguém além dos funcionários do clube e da imprensa acompanhando cada atividade. Tentando 'driblar' este suposto distanciamento, o departamento de comunicação tem transmitido todos os treinamentos através do canal do clube no Youtube. O Grêmio planeja, ainda, um treino aberto para contemplar os aficionados, mas ainda não há garantia disso.
A ideia é esquecer tudo que ocorre fora de campo e focar apenas na preparação. Longe de tudo, quem sabe o Tricolor consiga romper o jejum de títulos que já dura desde 2010.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.