Antidoping surpresa no CT do Inter deve adiar julgamento no STJD
As 32 amostras, coletadas pela Comissão de Controle de Dopagem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no CT do Internacional, deverão fazer parte do julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) no caso envolvendo Nilton e Wellington. Os resultados do teste surpresa serão encaminhados ao tribunal em até 12 dias e podem se tornar peça decisiva – tanto para um lado quanto para outro.
STJD e CCD concordam que é prudente aguardar os resultados do antidoping coletivo, e surpresa, para avançar no julgamento. Assim, a primeira audiência será fora do prazo inicial imaginado. A sessão já deveria ter sido agenda, mas segue sem data para ocorrer.
Em caso de um terceiro atleta com teste positivo para substâncias proibidas, o Inter pode se tornar réu no processo. Em contrapartida, se o teste não apontar nenhuma irregularidade, dará força ao argumento apresentado pelo clube gaúcho na defesa prévia, entregue no último dia 16: doping involuntário em Nilton e Wellington.
Chamado de ‘passaporte biológico’, o procedimento executado na última terça-feira recolhe amostras de sangue e urina para detectar vestígios de substâncias proibidas ou então alterações hormonais. Os custos, das 32 análises e mais despesas da equipe médica que realizou o exame, serão pagos pelo Internacional.
O clube foi comunicado, na segunda-feira à noite, que receberia a visita da comitiva. Todo o elenco principal do Inter foi convocado para a coleta de amostras, até lesionados fora de atividade na reta final do ano. As exceções foram Eduardo Sahsa e Valdívia, que passou por recente cirurgia no joelho esquerdo. Ambos participarão do procedimento nos próximos dias.
Além dos integrantes da Comissão de Controle de Dopagem da CBF, um médico da Federação Gaúcha de Futebol participou do procedimento. Com o prazo para obtenção de resultados estipulado em até 12 dias, a suspensão preventiva de Nilton e Wellington deve expirar antes do julgamento no STJD. Os jogadores podem ser orientados a adotar a suspensão voluntária, que rendará abatimento futuro em caso de condenação.
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