Mano esfria polêmica com metrô e diz que SP tem problemas além do futebol
A polêmica envolvendo o horário de funcionamento do metrô de São Paulo ainda repercute no Corinthians. Na última partida realizada no Itaquerão, que aconteceu na quarta-feira às 22 horas, um grande número de torcedores sofreu para deixar o estádio e voltar para a casa porque as estações da linha vermelha já estavam fechadas. Questionado sobre o tema, o técnico Mano Menezes acredita que é necessário bom senso para resolver o impasse.
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira no CT Joaquim Grava, o treinador esfriou o tema e alertou que uma metrópole como São Paulo possui outros problemas além do futebol.
“Eu pedi para fazermos mais gols no primeiro tempo. Eu espero que tenha bom senso. A gente também precisa entender que São Paulo é uma metrópole e que tem outros problemas que não só ligados ao futebol. É bem provável que uma companhia com a grandeza que dirige o metrô tem os seus problemas trabalhistas, não é tão simples como queremos”, disse.
Apesar do discurso menos crítico em relação ao caso, Mano Menezes destacou que a cidade de São Paulo necessita de transporte noturno para que toda a população seja beneficiada.
“É provável que para São Paulo, como metrópole, logo mais o metrô vai ter que funcionar até mais tarde, não só para o futebol, mas para a população como um todo. É uma questão para outras pessoas e tenho certeza que elas vão enxergar da melhor forma possível”, completou.
A discussão sobre o horário do metrô em dias de jogos começou antes mesmo do apito final da partida entre Corinthians e Bahia, no Itaquerão. Por conta do horário de fechamento das estações próximas ao local – a Corinthians-Itaquera encerrou as atividades por volta das 00h19 – diversos torcedores tiveram que deixar o estádio antes do término do confronto. Assim, muitos nem tiveram a chance de ver o gol marcado de pênalti marcado por Renato Augusto na vitória por 3 a 0.
Com o metrô fechado, muitas pessoas não conseguiram voltar para casa com aquele que seria o método mais rápido e acessível para as outras regiões da capital. A situação fez com que o presidente do Corinthians, Mario Gobbi, solicitasse uma reunião com o governador Geraldo Alckmin para tratar o impasse. O encontro deve acontecer na terça-feira no Palácio dos Bandeirantes.
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