Ganso pede para deixar reunião pela porta da frente: "quero sair de cabeça erguida"
A negociação de Paulo Henrique Ganso para o São Paulo só foi concretizada na madrugada desta sexta-feira, por volta de 0h45 (de Brasília), horário em que o jogador chegou a Vila Belmiro para assinar a rescisão contratual com o Santos. Ganso foi orientado a entrar pelos fundos para despistar a imprensa, que fazia plantão no local por mais de seis horas.
SANTOS 'CULPA' GANSO POR NEGOCIAÇÃO
Pouco depois de o São Paulo anunciar em seu site oficial o acerto com Ganso, o Santos, ex-clube do atleta, se manifestou. Também através de seu site, o clube soltou um extenso comunicado, dividido em 13 tópicos, em que explica toda a negociação e detalhe a batalha judicial com a DIS, que ajudou a equipe do Morumbi a acertar com o jogador.
Entretanto, o UOL Esporte apurou que a saída de Ganso do estádio pela porta da frente, por volta das 2h30 (de Brasília), foi um pedido do próprio jogador. O meia, que não se intimidou em encarar o “batalhão de jornalistas”, declarou após o término da reunião: “Quero deixar o clube de cabeça erguida”.
A saída foi rápida. Escoltado pelo segurança particular, Ganso deixou o elevador e seguiu para um automóvel preto, estacionado em ponto estratégico para levar o meia. Após responder uma pergunta dos repórteres, o jogador entrou no veículo, que deixou o local “cantando pneus”.
“Conquistei e construí minha história aqui. Tenho a consciência de que fiz meu melhor. Saio com a sensação de dever cumprido”, disse Ganso antes de deixar a Vila Belmiro.
Em seguida, deixaram o local os representantes da DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, e Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo. “Todo esforço valeu a pena”, disse o dirigente são-paulino.
Ganso foi obrigado pela diretoria santista a assinar a rescisão contratual na Vila Belmiro. O staff do atleta sugeriu que o documento fosse levado até a casa do jogador, mas o Santos não aceitou.
O clima foi desagradável durante a reunião. Ganso e dirigentes santistas não conversaram no encontro. O atleta foi ignorado por membros do Comitê Gestor, alguns deles, sequer cumprimentaram o atleta. Não houve agradecimentos pelos serviços prestados pelo clube.
A diretoria santista só dirigiu a palavra ao jogador quando Pedro Luis Nunes Conceição, membro do Comitê Gestor, resolveu fazer um discurso anotado em uma prancheta no final da reunião. O atleta apenas respondia “sim ou não” às exigências do dirigente.
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