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Gabriel Jesus tem chance de superar a Copa de zero gol quatro anos depois

Gabriel Jesus em ação em Brasil x Sérvia, na estreia da Copa do Mundo - Lars Baron/Getty Images
Gabriel Jesus em ação em Brasil x Sérvia, na estreia da Copa do Mundo Imagem: Lars Baron/Getty Images
Igor Siqueira, Gabriel Carneiro, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha (Qatar)

01/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

Gabriel Jesus deve ter a chance de começar uma partida de Copa do Mundo como titular quatro anos depois de fracassar no Mundial da Rússia. Na última edição do torneio, ele ficou marcado por ser o primeiro centroavante titular da seleção brasileira a não marcar gols em uma Copa. Amanhã, o atacante do Arsenal é o favorito de Tite para jogar contra Camarões pela 3ª rodada da fase de grupos.

É a chance de redenção de um jogador que chegou, há quatro anos, como aposta para brilhar, mas sucumbiu às necessidades táticas do Brasil de 2018.

A história de Jesus com Tite começou dois anos antes, quando o atacante ainda tinha 19 anos e já se consolidava como estrela no Palmeiras. Logo no primeiro jogo das Eliminatórias, o primeiro dele na seleção profissional, Jesus fez dois dos três gols na vitória em cima do Equador, na época sensação da América do Sul.

Quando o Brasil chegou na Rússia, Gabriel Jesus era o artilheiro da Era Tite e fechara as Eliminatórias como vice-artilheiro, empatado com Lionel Messi e só atrás de Cavani. Não à toa, sua comemoração "Alô, Mãe" era um dos grandes assuntos do país naquela época. Virou tema de campanhas publicitárias e de homenagens nas redes sociais.

A questão é que nas duas primeiras partidas ele precisou cumprir funções que não existiam nas Eliminatórias porque Neymar, voltando de contusão e sem 100% de condições físicas, precisava ser poupado. Jesus ganhou a obrigação de marcar o lateral e, com isso, ficava mais distante do gol. Mesmo depois da melhora de Neymar, as responsabilidades que o afastaram da área seguiram.

Ele só voltou a marcar pela seleção na final da Copa América diante do Peru, em 2019, mas depois entrou em um jejum que o fez ser novamente questionado. Contra a Coreia do Sul, em junho, voltou a balançar as redes e encerrou um jejum que durava 19 jogos. Na época, desabafou dizendo que trabalhava quieto e que só queria responder com gols dentro de campo.

Depois de um bom início no Arsenal, ele volta a encarar um outro jejum: não marca desde outubro. Neste Mundial, ele entrou nas duas partidas saindo do banco de reservas e ficou no campo por 28 minutos, mas ainda não balançou a rede. Agora, contra Camarões, terá a chance de fazer o seu primeiro em uma Copa, para tentar se livrar do rótulo de centroavante que nunca fez gol na competição mais importante do mundo.