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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Copa do Brasil sofre desvalorização se Corinthians e Santos ficarem fora

Colunista do UOL

14/03/2023 04h00

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A CBF modificou o regulamento da Copa do Brasil ao acabar com as vagas por ranking e transferi-las para os Estaduais. Por causa disso, Corinthians, Santos e Botafogo acabaram os regionais sem garantia de disputarem a edição de 2024.

A avaliação dentro da Globo e da CBF é de que há impacto no valor da competição se ficarem fora grandes times como os três citados. Outros envolvidos na competição, no entanto, ressaltam que o efeito é reduzido porque há contratos em vigor, tanto com a Globo quanto com a Brax. Esses valores não são reduzidos sem a presença dos times.

Anteriormente, a Copa do Brasil tinha dez vagas por meio do ranking nacional, o que garantia os clubes grandes. Agora, a regra estabelece que todas as vagas são por competições, sendo 80 pelos Estaduais e 12 de times classificados à Libertadores, pelo Brasileiro, campeão da Copa do Brasil ou da Copa Verde.

No Paulista, há cinco vagas. O Corinthians ficou na 7ª posição, o Santos acabou na 10ª colocação. O time do Parque São Jorge terá de conseguir a vaga no Brasileiro ou torcer para haver dois classificados à Libertadores entre os melhores do Paulista. O Santos tem situação mais complicada, que pode terminar o campeonato na 12ª colocação geral.

O Corinthians é um grande gerador de audiência para a Copa do Brasil. A Globo costuma usá-lo em jogos em TV Aberta com ótimos números. Sua ausência geraria impacto nos pontos de audiência que são um drive para mostrar os resultados da competição a anunciantes.

No caso de Santos e Botafogo, os times têm força em mercados locais em São Paulo e Rio. Portanto, também teriam impacto. O time alvinegro carioca precisa que um dos quatro primeiros do Estadual consiga vaga na Libertadores, o que é mais fácil.

Não há impacto no contrato da Globo ou da Brax nos pagamentos à CBF. Também não há, portanto, efeito nas premiações pagas pela CBF aos clubes - só os eliminados teriam prejuízo. A questão é a longo prazo porque a competição entregaria menos exposição e resultado se for uma constante times grandes fora da Copa do Brasil.

Na questão das placas, não há um impacto, segundo envolvidos na organização. Isso porque as vendas anuais já foram feitas e com o conceito de exposição pelo ano inteiro.