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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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CBF prepara com clubes disputa por direitos da Série B

Taça da Série B do Brasileirão - Lucas Figueiredo/CBF
Taça da Série B do Brasileirão Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

22/10/2022 04h00

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A CBF tem articulado com os clubes da Série B a organização de uma disputa pelos direitos de transmissão da competição. A intenção é organizador uma concorrência por meio de contrato que pode ser por período curto ou mais longo. Um entrave é que a Globo já detém os direitos de alguns clubes em acordos pela Série A que podem se estender à Segundona.

O contrato atual da Série B é com a Globo e acaba nesta temporada de 2022. E há um descasamento com o acordo da Série A que se estende até 2024. Caso ocorra um acordo entre os times pela Liga, a nova venda da elite seria conjunta e poderia envolver a Série B - está nos planos tanto da Libra quanto da Forte Futebol.

Em 14 de outubro, a CBF reuniu clubes da Série B na sua sede juntamente com a agência IMG. Foram nomeados para uma comissão para tratar do assunto os times: Chapecoense, CRB, Guarani, Sampaio Corrêa e Vitória.

A ideia da confederação é que uma agência organize uma concorrência sobre os direitos da Série B. Poderia ser feito um contrato curto para dois anos, ou poderia ser feito um acordo com mais anos se houver interesse dos clubes e da CBF. Neste caso, não está descartada uma negociação posterior com uma liga para incorporar os direitos.

Há um obstáculo que é o fato de a Globo já deter contratos com clubes até 2024 por conta da Série A. Esses acordos se estendem pela Segundona com a possibilidade de os times ficaram com a renda do pay-per-view em vez da cota da Série B. Clubes como Cruzeiro, Vasco, Bahia e Grêmio optam por essa modalidade por ser mais vantajosa.

O contrato da Série B atual gira em torno de R$ 200 milhões. Os clubes ganham cotas fixas entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.

A ideia na CBF é ter uma decisão rápida sobre a concorrência porque o campeonato do próximo ano já começa em abril. Na realidade, o processo de venda de direitos já está bem atrasado considerando que esse tipo de negociação costuma ocorrer até três anos antes das competições.