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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Times brasileiros somam R$ 288 milhões em prêmios da Libertadores 2022

Zé Rafael e Alex Santana em ação durante Athletico x Palmeiras, jogo da Libertadores - Heuler Andrey/Getty Images
Zé Rafael e Alex Santana em ação durante Athletico x Palmeiras, jogo da Libertadores Imagem: Heuler Andrey/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/09/2022 04h00

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Com amplo domínio esportivo, os times brasileiros acumulam US$ 55 milhões (R$ 288 milhões) em prêmios da Libertadores. Esse valor deve saltar para US$ 71 milhões (R$ 372 milhões) já que é quase certo que o campeão será nacional. O Flamengo está praticamente na final após golear o Velez Sarsfield fora de casa, Athletico-PR e Palmeiras disputam uma vaga na decisão.

Caso a final brasileira se confirme, os times nacionais vão ficar com 40% do dinheiro destinado aos clubes na Libertadores. No total, a competição distribui US$ 174 milhões.

Os três semifinalistas brasileiros, Palmeiras, Flamengo e Athletico, já garantiram cada US$ 9 milhões (R$ 47 milhões). Quem chegar à final já tem assegurados mais US$ 6 milhões que é o prêmio do vice. O campeão amealha US$ 16 milhões.

Pode-se dizer que há concentração de dinheiro da Libertadores nos clubes nacionais até porque a Conmebol privilegia maiores quantias para as fases finais. Mas o valor pago ao país é correspondente ao tamanho do mercado brasileiro para a competição.

A confederação consegue em torno de 40% da receita de direitos de transmissão com a venda da Libertadores para o Brasil. Tanto que há uma licitação separada para o país em relação às outras nações. E a Conmebol não tem divisão de receita por importância de mercado como ocorre, por exemplo, com a Champions League.

O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, já anunciou que deve haver novo reajuste dos prêmios da Libertadores para 2023, quando se inicia um novo contrato de direitos. A licitação para o Brasil foi vencida pela ESPN e a Paramount na TV Fechada, e pela Globo na TV Aberta.

Quando esteve no Brasil, Dominguez não se mostrou preocupado com o domínio do país na competição. Afirmou que é habitual que times de um país tenham controle sobre o campeonato durante uma década, como já ocorreu antes com argentinos.

O cenário é bem diferente atualmente porque os times brasileiros descolaram do restante do continente em termos econômicos. Não há comparação entre o investimento de Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG mesmo em relação a equipes como River Plate e Boca Juniors.