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Renato Mauricio Prado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Jorge Jesus assinaria o primeiro tempo do Flamengo contra o Athletico

03/10/2021 23h38Atualizada em 03/10/2021 23h38

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Pouco importa se o Athletico Paranaense escalou vários reservas. O que encantou na fácil vitória do Flamengo foi a forma como ela foi conquistada. Com o time rubro-negro marcando pressão na defesa e na saída de bola do adversário, deixando-o sem respirar até fazer 2 a 0, com menos de 10 minutos de jogo. Um início estonteante que Jorge Jesus assinaria, com orgulho. E o terceiro gol, já no finalzinho do primeiro tempo, foi a cereja do bolo: mais um contra-ataque fulminante de Bruno Henrique, Gabigol, Arrascaeta e Andreas Pereira. Uma pintura!

Os próximos três compromissos do rubro-negro carioca serão vitais no seu sonho de manter vivo o sonho (impossível?) de ganhar tudo na temporada de 2021. Sem Gabigol, Arrascaeta, Éverton Ribeiro e Isla (graças à retaliação covarde da CBF), o time de Renato Gaúcho terá duas pedreiras nas próximas rodadas: os muito bem armados Red Bull Bragantino e Fortaleza, em seus próprios estádios. Dá pra ganhar? Dá, desde que o Flamengo mantenha a postura avassaladora que se viu no primeiro tempo, nesse último confronto, no Maracanã, e reservas com Pedro, Michael, Vitinho, Diego e Thiago Maia não deixem a peteca cair. A conferir.

Arrogância e vingança

A postura arrogante e egocêntrica dos dirigentes do Flamengo nas discussões da lei do mandante, na volta do público aos estádios, na formação da Liga de Clubes e no adiamento dos jogos do Brasileiro nas datas Fifa pode ser entendida como a de um proprietário de um apartamento que se recusa a ir às reuniões de condomínio que definiriam a utilização das vagas de garagem do prédio e, por decisão própria, estaciona o seu carrão no melhor espaço do parqueamento. É óbvio que o seu possante amanheceria com a pintura arranhada, os retrovisores quebrados e os pneus furados...

Adeus às ilusões

Ao empatar com o Juventude, no Allianz, o Palmeiras praticamente se despediu da luta pelo título brasileiro. Com 10 pontos de desvantagem em relação ao líder Atlético Mineiro e, ao contrário deste, jogando um futebol irregular e sem brilho, por mais que ainda faltem 16 rodadas para cada um, fica cada vez mais difícil crer numa recuperação palmeirense. O negócio é mesmo focar na final da Libertadores. Única possibilidade de salvar uma temporada em que o time de Abel Ferreira perdeu tudo que disputou: Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil, Paulistinha, Copa do Brasil e Brasileirão. Só a Libertadores salva. Ou enterra de vez.

"Copa do Mundo" é pouco

Diante do longo jejum de títulos, o São Paulo transformou o Estadual de 2021 em Copa do Mundo. Conquistou-o. E não vai ganhar absolutamente mais nada na temporada. Se não conseguir conquistar nem uma vaga na Libertadores, embora nove brasileiros vão se classificar para o torneio, a temporada será um fiasco colossal.

Será?

O Botafogo está no G-4 e o Vasco se aproxima dele. Será que o combalido futebol carioca conseguirá voltar a ter quatro times na Série A? Antes, parecia impossível. Agora, já dá pra ter esperança.