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Seleção de Dorival devolveu a graça à Copa América

A Conmebol e a CBF deveriam dar um prêmio especial a Dorival Júnior. Ao provar, por A + B, que o futebol desenxabido, irritante e incompetente da seleção brasileira era fruto do péssimo trabalho de seus dois últimos treinadores, Ramon Menezes e Fernando Diniz, ele, em apenas nove dias, devolveu ao torcedor o prazer de ver a "amarelinha" (e a azulzinha) em ação e até a torcer por ela.

Por que digo isso? Porque a Copa América, até então vista apenas como um estorvo e algo absolutamente sem charme ou graça, passou a despertar curiosidade. Afinal, a equipe de Dorival Júnior bateu a Inglaterra, em Wembley, e arrancou um empate heroico com a Espanha, no Santiago Bernabéu. Não é pouca coisa. Deu vontade de ver o que fará, nos EUA, na competição continental, especialmente contra a Argentina de Lionel Messi, atual campeã do mundo.

O Brasil de Dorival está pronto? Longe disso. Mas dá sinais de vida. E, mesmo após o sufoco que levou no primeiro tempo diante dos espanhóis, se mostrou capaz de reagir e buscar um empate heroico, que poderia até ter sido vitória, não tivesse o péssimo árbitro português inventado dois pênaltis inexistentes para a Espanha.

Endrick, uma vez mais, entrou e mudou o panorama do jogo. É óbvio que o ataque brasileiro tem que ser formado por Rodrygo, na direita, Endrick, no meio, e Vini Jr., na esquerda. O resto é o resto.

Vini não jogou bem, mas sua atuação nervosa e errática é compreensível diante do peso que esse amistoso colocou sobre suas costas. A ponto de chegar às lágrimas na entrevista em que abordou a perseguição racista, covarde, abjeta e intolerável que sofre de grande parte dos espanhóis, sem que o seu clube e seus companheiros o defendam como deveriam.

Na Copa América, aposto, o ataque com Rodrygo, Endrick e Vini voará. Dará prazer de ver. Como voltou a dar a seleção brasileira em dois jogos contra adversários de peso.

Em tempo: Endrick é um fenômeno. Tal qual o jovem atacante do Barcelona, Lamine Yamal, de apenas 16 anos. Que talento absurdo! Já tem muita gente boa, na Espanha, apostando que eles serão uma reedição de Cristiano Ronaldo e Messi.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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