Quando a imprensa deixará de ser bocó e ignorará Textor?
Beira as raias do inacreditável e causa profunda decepção ver como grande parte da nossa imprensa esportiva embarcou de cabeça nessa baboseira levantada pelo dono do Botafogo, John Textor, para tentar justificar a maior amarelada da história do futebol brasileiro.
Desde o primeiro relatório, em novembro do ano passado, já ficara claro que tudo não passava de fake news. O tal "estudo", imagina, garantia que se não tivesse havido manipulação de resultados, o Botafogo teria terminado o campeonato 21 pontos à frente do Palmeiras (acabou seis atrás)! Dá pra levar a sério?
Pois levaram e, o pior, muitos continuam levando! Depois que o STJD, com toda razão, arquivou o "caso" e o calhamaço fantasioso da Good Games, enviado pelo americano, o cartola voltou à carga com uma suposta gravação de um árbitro queixando-se de que não recebera a propina combinada para manipular um resultado.
Apresentou-a? Não. Identificou o suposto larápio? Tampouco. E ainda admitiu, mais tarde, que não era um juiz de primeira divisão. Nem da segunda. Talvez de terceira ou coisa que o valha. Quiçá de uma liga barbante. Mais uma fake news.
Agora, talvez revoltado por sua tresloucada cantilena não surtir o efeito que pretende, a não ser em algumas ingênuas mesas redondas esportivas, aumentou o tom: garante que os dois últimos Brasileiros foram manipulados para o Palmeiras!
E, mais, que através do uso de Inteligência Artificial (?!?!) ficou claro que São Paulo e Fortaleza entregaram jogos para o time de Abel Ferreira. Comprovadamente, segundo ele, cinco jogadores do tricolor paulista não se empenharam, como deveriam, na goleada sofrida por 5 a 0.
É um chorrilho assustador de absurdos e decepciona ver que ainda assim há jornalistas que insistem que as denúncias são sérias e merecem investigação! Ainda que jamais tenha sido apresentada prova alguma!
John Textor nos trata aqui como um colonizador numa terra de índios. Inventa o que bem quer e nos apresenta um monte de miçangas e espelhinhos, como se jóias fossem.
Que tal deixarmos de ser bocós?
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