Rafael Reis

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Como Haaland foi de 2º melhor do mundo a 'estorvo' para o City em 3 meses

No dia 15 de janeiro, Erling Haaland foi anunciado como vice-campeão da eleição de melhor jogador do mundo promovida pela Fifa.

A escolha gerou uma pesada polêmica: não faltam torcedores e analistas defendendo que o troféu do "The Best" deveria ter ido para as mãos do centroavante norueguês, e não para Lionel Messi.

Afinal, na temporada passada, o camisa 9 do Manchester City conquistou o título e a artilharia das suas principais competições que disputou, o Campeonato Inglês e a Liga dos Campeões da Europa. Um feito para poucos.

Só três meses se passaram desde então. Mesmo com tão pouco tempo assim, já ficou até difícil lembrar que Haaland tinha esse moral todo. Agora, a realidade do outrora candidato a melhor do mundo é conviver com críticas e desconfianças... até mesmo dos torcedores para quem deu tantas alegrias.

Poucos gols

Apesar de o City estar invicto desde dezembro, a quantidade de gols marcados pelo norueguês nas últimas semanas caiu bastante.

Depois de balançar as redes 29 vezes nos primeiros 30 compromissos com a equipe inglesa na temporada (média de 0,97 tento por partida), Haaland só conseguiu comemorar em duas oportunidades nos nove jogos mais recentes em que foi utilizado (0,22).

A escassez de gols escancarou uma questão que muitas vezes não vem à tona devido à alta produtividade do camisa 9: o fato de ele participar pouco do jogo coletivo do City e, de vez em quando, até atrapalhar o futebol de toques curtos e precisos que os comandados de Pep Guardiola se propõem a fazer.

Culpado pela eliminação?

O descontentamento chegou ao ápice depois da eliminação dos ingleses para o Real Madrid, nas quartas de final da Champions.

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Haaland passou em branco nos dois jogos do mata-mata, foi anulado pelo zagueiro alemão Antonio Rüdiger, irritou a torcida presente no Etihad Stadium, e teve uma atuação tão abaixo da crítica que, mesmo sendo o cobrador oficial de pênaltis do time, foi substituído quando o jogo foi para a prorrogação.

O futebol ruim mostrado nas últimas semanas rendeu mais uma rodada de críticas ao norueguês. E a mais contundente foi feita pelo ex-volante irlandês Roy Keane, ídolo histórico do Manchester United e desafeto do pai do centroavante.

"Na frente do gol, é o melhor do mundo. Mas seu jogo geral, para um jogador desse nível, é muito ruim. Ele parece um jogador da League Two [4ª divisão da Inglaterra]. É assim que olho para ele", disse.

Briga (pesada) pelo tetra

Em uma temporada marcada pelo equilíbrio entre Arsenal, Liverpool e City, o time de Manchester enfrenta o Brighton, hoje, para continuar dependendo apenas das suas forças para ser campeão da Premier League.

A equipe de Haaland, que será desfalque devido a uma lesão muscular, está no momento quatro pontos atrás do Arsenal (77 a 73), mas tem duas partidas a mais por disputar que o atual líder da competição.

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Depois da queda na Champions, o objetivo número um do City nesta temporada é ser o primeiro time em 125 edições da primeira divisão da Inglaterra a se sagrar campeão nacional em quatro anos consecutivos.

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