Rafael Reis

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'Novo De Bruyne' e curinga: o que Guardiola vê de tão especial em Paquetá?

As notícias de que o Manchester City pretende encerrar seus trabalhos nesta janela de transferências com a contratação de Lucas Paquetá e de que já apresentou uma proposta oficial de 70 milhões de libras (R$ 436,8 milhões) pelo jogador deixaram muita gente perplexa.

Apesar de ter sido titular do Brasil na Copa do Mundo-2022, o meio-campista do West Ham ainda está bem longe de ser tratado como unanimidade no país onde nasceu e cresceu.

Sendo assim, a pergunta do momento na cobertura dessa possível transferência é: o que Pep Guardiola, o treinador mais badalado da atualidade e atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa, viu de tão especial em Paquetá?

Versatilidade e 'sombra' para De Bruyne

Não é segredo que uma das estratégias de sucesso de Guardiola é trabalhar com elencos curtos. Sua ideia de trabalho é utilizar um número diminuto de atletas para que todos estejam sempre com ritmo de jogo e se sintam valorizados.

Mas esse método só é eficaz porque quase todos os jogadores do City são polivalentes, ou seja, podem atuar em várias posições diferentes e suprir as carências deixadas por essa escassez de opções.

Paquetá se encaixa completamente nesse conceito desejado por Guardiola a ponto de ser difícil precisar qual é a sua verdadeira posição. Com exceção do posto de primeiro volante, é possível escalar o ex-Flamengo em todas as funções do meio-campo e do ataque.

Além disso, o brasileiro tem características suficientes para ser uma espécie de peça de reposição para um dos poucos jogadores do elenco do City que não conta com um reserva do mesmo estilo: Kevin de Bruyne.

Assim como o craque belga, Paquetá é capaz de jogar pela faixa central do campo, logo atrás de um centroavante, fazendo a função de "camisa 10" e municiando o ataque, sem deixar de lado a pegada tradicional de meio-campistas mais defensivos.

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É fato que De Bruyne está alguns degraus acima no quesito criatividade e também nos chutes de média distância. O brasileiro, por outro lado, tem um pouco mais de presença física para ajudar na marcação e se infiltra mais na área que o já consagrado ídolo do City.

Em busca do tetra

Vencedor das últimas três edições do Campeonato Inglês, o City faz amanhã, contra o Burnley, fora de casa, o jogo de abertura da temporada 2023/24 da liga nacional mais rica e badalada do planeta.

A equipe de Guardiola busca um feito inédito no país inventor do futebol: ser a primeira em toda a história da competição a levantar o troféu em quatro oportunidades consecutivas.

Até o momento, os Citizens contrataram apenas dois jogadores, ambos croatas: Josko Gvardiol (ex-RB Leipzig), transformado no zagueiro mais caro de todos os tempos, e o meia Mateo Kovacic (ex-Chelsea). Em compensação, o capitão Ilkay Gündogan (Barcelona) e o meia-atacante Riyad Mahrez (Al-Ahli) foram embora.

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