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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Conheça as armas dos times que querem impedir título mundial do Flamengo

Jogadores do Flamengo posam com a taça da Copa Libertadores de 2022 - Buda Mendes/Getty Images
Jogadores do Flamengo posam com a taça da Copa Libertadores de 2022 Imagem: Buda Mendes/Getty Images

30/10/2022 04h00

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A vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, ontem, no estádio Monumental de Guayaquil (Equador), deu ao Flamengo o título da Copa Libertadores da América e também o direito de representar o continente na próxima edição do Mundial de Clubes.

A questão é que a Fifa ainda não decidiu quando e nem onde será realizada a competição destinada a definir o melhor time de futebol do planeta.
O torneio, que normalmente é jogado em dezembro, não poderá ser realizado em sua data tradicional por conta da coincidência de datas com a Copa-2022. Assim, a tendência é que a disputa fique para o primeiro semestre do próximo ano.

Inicialmente, Emirados Árabes Unidos e China eram apontados como os favoritos para receber o Mundial. Só que os dois países já desistiram da organização. No momento, a bola da vez são os Estados Unidos.

Mas o que aguarda o Flamengo no torneio da Fifa?

Para responder essa pergunta, o "Blog do Rafael Reis" apresenta um guia completo com os detalhes sobre cada um dos seis times estrangeiros já confirmados no torneio. Duas vagas ainda estão abertas: a destinada ao campeão nacional do país-sede e aquela que vai para o vencedor da Liga dos Campeões da Ásia, cuja final está agendada apenas para fevereiro.

REAL MADRID (ESP)

Vencedor da Liga dos Campeões da Europa
Técnico: Carlo Ancelotti (ITA)
Destaque: Karim Benzema (FRA)
Brasileiros: 3 (Éder Militão, Rodrygo e Vinícius Júnior)
Melhor campanha em Mundiais: Campeão em 2014, 2016, 2017 e 2018
Aproveitamento nesta temporada: 86,3%

É difícil até encontrar palavras para descrever o tamanho do clube mais vitorioso e poderoso do futebol mundial. O Real é simplesmente o maior vencedor da história da Espanha (35 títulos), da Liga dos Campeões da Europa (14 taças) e do torneio da Fifa (4 taças). Também é uma máquina de ganhar prêmios de melhor jogador do planeta: Karim Benzema, que recentemente faturou a Bola de Ouro, juntou-se a um grupo que também conta com Cristiano Ronaldo, Zinédine Zidane, Ronaldo Fenômeno, Luka Modric, Luís Figo, Fabio Cannavaro Alfredo di Stéfano e Raymond Kopa. O time atual do gigante merengue tem pelo menos quatro pilares: o goleiro Thibaut Courtois é um dos melhores da sua geração e cansou de salvar a equipe na última Champions, o croata Luka Modric comanda o meio-campo, Benzema é o homem-gol e o brasileiro Vinícius Júnior representa a ousadia do jogo individual e a promessa de que o Real ainda continuará no topo por um longo tempo.

Marcelo é o primeiro brasileiro a erguer a taça da Liga dos Campeões - JAVIER SORIANO / AFP - JAVIER SORIANO / AFP
Marcelo é o primeiro brasileiro a erguer a taça da Liga dos Campeões
Imagem: JAVIER SORIANO / AFP

SEATLLE SOUNDERS (EUA)

Vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf
Técnico: Brian Schmetzer (ALE)
Destaque: Stefan Frei (SUI)
Brasileiros: 2 (João Paulo e Léo Chú)
Melhor campanha em Mundiais: Estreante
Aproveitamento nesta temporada: 46,4%

Mesmo que não sejam escolhidos como sede do Mundial, os Estados Unidos terão pela primeira vez na história um representante no torneio da Fifa. Graças a atuações brilhantes do goleiro Stefan Frei, eleito o melhor jogador da competição, o Seattle Sounders encerrou uma hegemonia mexicana que já durava 16 anos e se tornou o primeiro clube norte-americano a se sagrar campeão da Concacaf neste século (a última vitória datava lá de 2000, com o Los Angeles Galaxy). O problema é que, depois da conquista inédita, pouca coisa deu certo para os Sounders. A equipe teve uma campanha medíocre na MLS (Major League Soccer) e nem se classificou para os playoffs decisivos (foi só a 21ª colocada na fase de classificação). O elenco da franquia de Seattle é bastante envelhecido e suas principais peças-chave já estão na reta final da carreira. O próprio Frei já tem 36 anos. O capitão Nicolás Lodeiro (ex-Botafogo e Corinthians), 33. E o artilheiro Raúl Ruidíaz está com 32.

Seattle Sounders comemora o título da Liga dos Campeões da Concacaf - Jeff Halstead/Icon Sportswire via Getty Images - Jeff Halstead/Icon Sportswire via Getty Images
Seattle Sounders comemora o título da Liga dos Campeões da Concacaf
Imagem: Jeff Halstead/Icon Sportswire via Getty Images

WYDAD CASABLANCA (MAR)

Vencedor da Liga dos Campeões da África
Técnico: Houcine Ammouta (MAR)
Destaque: Yahya Jabrane (MAR)
Brasileiros: Nenhum
Melhor campanha em Mundiais: Sexto colocado em 2017
Aproveitamento nesta temporada: 70,8%

Não, desta vez o representante africano no Mundial não será o Al-Ahly. Os egípcios até chegaram pela terceira vez consecutiva à decisão da Liga dos Campeões, mas acabaram derrotados por outra força do norte do continente. O Wydad não tem um elenco tão conhecido internacionalmente assim, mas tem boas chances de emplacar até três nomes na convocação da seleção marroquina para o Mundial do Qatar: o goleiro Ahmed Reda Tagnaouti, o lateral esquerdo Yahia Attiat-Allah e o volante e capitão Yahya Jabrane. Quem também merece uma atenção especial é o habilidoso ponta esquerda Zouhair El Moutaraji, vice-artilheiro da última Champions africana e autor dos dois gols da decisão contra o Al-Ahly.

Wydad Casablanca comemoram o título da Liga dos Campeões da CAF  - Adam Haneen/Anadolu Agency via Getty Images - Adam Haneen/Anadolu Agency via Getty Images
Wydad Casablanca comemoram o título da Liga dos Campeões da CAF
Imagem: Adam Haneen/Anadolu Agency via Getty Images

AUCKLAND CITY (NZL)

Vencedor da Liga dos Campeões da Oceania
Técnico: Albert Riera (ESP)
Destaque: Cameron Howieson (NZL)
Brasileiros: Nenhum
Melhor campanha em Mundiais: Terceiro colocado em 2014
Aproveitamento nesta temporada: 66,7%

Desde que os clubes australianos deixam a Oceania para disputarem as competições da Ásia, é o Auckland quem tem mandado no continente. Não à toa, o time da Nova Zelândia é o participante mais frequente da história do Mundial e disputará a competição pela décima vez. Apesar de já ter feito uma campanha histórica em 2014, o Auckland será mais uma vez o patinho feio do torneio da Fifa devido à baixa qualidade técnica do seu elenco. O time depende demais do meio-campista Cameron Howieson, único dos seus jogadores que costuma servir à seleção neozelandesa, e dos gols marcados pelo centroavante argentino Emiliano Tade, maior artilheiro da história do Auckland, mas que já começou a sentir os efeitos de ter 34 anos e tem rendido cada dia menos.

Auckland City comemorando o título da OFC Champions League - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Auckland City comemorando o título da OFC Champions League
Imagem: Reprodução/Instagram